As stablecoins ganham destaque no mercado financeiro, especialmente por sua capacidade de unir estabilidade de preço e inovação tecnológica. Em junho de 2025, por exemplo, a capitalização de mercado dessas moedas ultrapassou os US$ 250 bilhões.
Esse número evidencia o avanço do segmento e sua relevância crescente no cenário global. Por esse motivo, as empresas devem se familiarizar com esse meio de pagamento e se manter atualizadas com o mercado.
Quer saber mais detalhes sobre as stablecoins, incluindo seus efeitos no mercado de pagamentos? Continue a leitura e confira!
As criptomoedas são moedas digitais que funcionam de forma descentralizada, o que significa que não dependem de bancos ou governos para existirem. Elas utilizam a tecnologia blockchain, uma espécie de livro de registros público e seguro.
Nesse sistema, todas as transações são validadas por uma rede de computadores distribuídos pelo mundo, proporcionando transparência e dificultando fraudes. Cada transação feita com criptomoeda é registrada em blocos que, depois de confirmados, ficam ligados uns aos outros em uma cadeia.
Essa estrutura é conhecida como blockchain e impede alterações nos dados já registrados, trazendo mais confiança ao processo. Além disso, as criptomoedas funcionam por meio de criptografia, garantindo que somente o dono da chave digital possa movimentar seus ativos.
Dessa maneira, as criptomoedas podem ser alternativas usadas em pagamentos, investimentos e transferências de valores.
O termo stablecoin vem da junção de stable (estável) e coin (moeda) e se refere a um tipo de criptomoeda desenvolvida para manter uma cotação estável. Esse equilíbrio é possível porque, de modo geral, as stablecoins são lastreadas em ativos reais, como moedas fiduciárias ou commodities.
Por exemplo, quando uma stablecoin é vinculada ao dólar, ela acompanha a cotação da moeda norte-americana. Assim, se o dólar se valoriza, a stablecoin atrelada a ele deve ter o mesmo comportamento — e vice-versa.
Para uma stablecoin manter a paridade de 1 para 1 com a moeda de referência, o emissor precisa possuir reservas equivalentes do ativo de lastro. O mecanismo garante que cada unidade emitida esteja de fato respaldada por um ativo real, preservando a confiança dos investidores e usuários.
Existem também as stablecoins não colateralizadas, que não dependem de um ativo de lastro. Para controlar a volatilidade dessas moedas, o emissor utiliza algoritmos que regulam automaticamente sua oferta e circulação, mantendo o preço estável mesmo sem respaldo em ativos reais.
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A principal diferença das stablecoins em relação a outras criptomoedas está no lastro. Enquanto moedas digitais como bitcoin e ether não possuem um ativo que sustente seu preço, as stablecoins são vinculadas a ativos reais ou mantêm um mecanismo de estabilidade de cotação, como visto.
No caso do bitcoin e do ether, o preço é determinado pela lei da oferta e da demanda. A característica faz com que esses ativos apresentem forte volatilidade, com variações que podem ser tanto positivas quanto negativas em curtos períodos.
Por essa razão, utilizar essas criptomoedas exige maior tolerância ao risco e disposição para lidar com oscilações intensas. Já as stablecoins buscam preservar a sua cotação por meio do lastro, sendo menos sujeitas a oscilações bruscas e mais previsíveis no mercado de criptoativos.
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Para entender o impacto das stablecoins no mercado de pagamentos, vale observar como elas atuam em diferentes contextos.
Veja os principais aspectos que tornam essa tecnologia relevante!
Uma das principais contribuições das stablecoins é facilitar as transações comerciais. Por possuírem cotação mais estável, elas permitem que empresas realizem pagamentos e recebam recursos sem se preocupar com grandes oscilações no preço do ativo digital.
O aspecto oferece previsibilidade e segurança, tornando as operações mais confiáveis. Ao operar com uma moeda digital estável, as empresas mantêm o poder de compra dos recursos recebidos. Desse modo, elas evitam perdas mais comuns com o uso de criptomoedas voláteis.
No caso do recebimento de vendas, as stablecoins podem ser utilizadas como uma alternativa aos métodos tradicionais, como transferências bancárias ou plataformas de pagamento convencionais.
Negócios que aceitam stablecoins conseguem receber valores instantaneamente, sem depender de horários bancários ou de processos de compensação demorados, acelerando o fluxo de caixa.
Essa funcionalidade é especialmente útil para negócios que atuam em comércio internacional ou que trabalham com clientes digitais em diferentes países.
Afinal, as stablecoins permitem transações rápidas, sem necessidade de conversão imediata para moeda fiduciária. Consequentemente, elas permitem reduzir custos operacionais, pois eliminam a necessidade de intermediários e processos burocráticos típicos dos sistemas financeiros tradicionais.
Outro impacto do uso da moeda digital está ligado às finanças descentralizadas (DeFi). Trata-se de um sistema financeiro baseado em blockchain, permitindo a execução de transações e serviços sem intermediários tradicionais.
O DeFi utiliza contratos inteligentes para automatizar e garantir segurança, transparência e eficiência. Nesse contexto, as stablecoins proporcionam uma base de preço mais previsível, sendo utilizadas como garantia em operações de derivativos, empréstimos e outras utilidades nas plataformas DeFi.
Essa dinâmica cria oportunidades para diversificação de estratégias financeiras nas empresas, permitindo acesso a instrumentos inovadores que antes eram restritos a mercados especializados.
Ao lidar com stablecoins, é necessário que as empresas avaliem diferentes aspectos para garantir segurança e eficiência nas transações. Para começar, verifique o lastro da moeda digital, pois a estabilidade dela depende dos ativos que a respaldam.
Outro ponto relevante é a regulação e o compliance. Como se trata de ativos digitais relativamente novos, a legislação pode variar entre países e é fundamental que as empresas se certifiquem de que estão em conformidade com normas locais e internacionais ao utilizar stablecoins.
Além disso, deve-se considerar a infraestrutura tecnológica necessária para integrar stablecoins aos sistemas de pagamento corporativos. Isso inclui segurança cibernética e capacidade de auditar transações com eficiência.
Neste artigo, você entendeu o que são as stablecoins e como elas impactam o mercado de pagamentos. Agora, vale a pena se atualizar sobre as inovações para aproveitar as oportunidades que elas podem trazer para o negócio.
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