Ciclo de caixa: como calcular e interpretar esse indicador?

22 março 2024

Ao fazer a gestão financeira de um negócio, é essencial estar atento a alguns indicadores específicos. Isso porque eles fornecem insights que contribuem para o trabalho de CEOs, coordenadores e gerentes. Nesse contexto, está o chamado ciclo de caixa.

Assim como outras métricas, o ciclo de caixa é de grande importância para empresas — em especial, para compreender a sua saúde financeira. Agora, para utilizá-lo e aproveitá-lo da maneira correta, é preciso compreender o que ele é, como funciona e como é calculado.

Para tanto, acompanhe as informações deste conteúdo até o fim e saiba mais sobre o ciclo de caixa e como ele é útil para empresas, independentemente do setor ou porte!

O que é e como funciona o ciclo de caixa?

O ciclo de caixa, também conhecido como ciclo de conversão de caixa, é um indicador ligado ao tempo que uma companhia leva para transformar seus investimentos em vendas. Ele envolve desde a fase de estocagem até a data de pagamento de valores por parte dos clientes.

Em razão disso, o ciclo de caixa é formado a partir do cálculo de três prazos específicos. São eles:

  1. PME (prazo médio de estocagem): diz respeito ao tempo que os produtos ficam armazenados antes de serem vendidos;
  2. PMR (prazo médio de recebimento): refere-se ao tempo que a empresa leva para receber o pagamento pelas vendas realizadas;
  3. PMP (prazo médio de pagamento): consiste no tempo que a companhia leva para quitar suas dívidas e obrigações, por exemplo, com fornecedores.

Qual é a importância desse indicador?

Como você viu, o ciclo de caixa é uma métrica que indica quanto tempo uma empresa leva para produzir, vender e receber pela comercialização de seus produtos ou serviços. Mas por que ele é tão relevante?

O ciclo de caixa é importante por fornecer dados que permitem otimizar os processos e as operações de um negócio. O ideal é que o número referente essa métrica seja baixo, afinal, isso significa que a empresa está convertendo suas soluções em dinheiro de forma rápida.

Porém, nem sempre isso é o que acontece. Logo, com o cálculo e a avaliação do ciclo de caixa, é possível pensar em ações e estratégias para melhorar esse cenário. A seguir, entenda, com mais detalhes, a relevância do indicador para empresas:

Como calcular o ciclo de caixa?

Além de saber o que é ciclo de caixa, é preciso compreender como calculá-lo. Dessa maneira, será possível verificar se na empresa em que você atua ele está bom ou ruim.

A fórmula do ciclo de caixa é composta pela soma dos prazos médios de estocagem e recebimento, subtraindo o período médio de pagamento, desta forma:

Ciclo de caixa = (PME + PMR) – PMP

Para entender o cálculo do indicador, na prática, acompanhe o exemplo!

Exemplo de cálculo do ciclo de caixa

Imagine uma grande varejista do setor de calçados que precisa identificar como está o seu ciclo de caixa. O ponto de partida é calcular o prazo médio de estocagem. Para tanto, é preciso dividir o valor médio do estoque pelo custo das mercadorias comercializadas por dia.

No exemplo em questão, imagine que o valor médio do estoque é de R$ 50.000 e o custo diário dos produtos é de R$ 2.000. Logo, o PME é de 25 dias (50.000/2.000). Agora, é preciso chegar ao prazo médio de recebimento.

Para essa tarefa, basta dividir o valor médio das contas a receber pela quantia das vendas diárias. Aqui, suponha que o primeiro montante seja de R$ 30.000 e o segundo seja R$ 3.000. Logo, o PMR é de 10 dias (30.000/3.000).

Por fim, é necessário saber o prazo médio de pagamento. Esse cálculo, por sua vez, pode ser feito dividindo o valor médio das contas a pagar pelo custo das mercadorias vendidas por dia.

Para tanto, suponha que o valor médio das contas a pagar seja de R$ 18.000, e o custo dos calçados vendidos por dia seja de R$ 1.500. Logo, o PMP é de 12 dias (18.000/1.500). Agora, basta colocar esses dados na fórmula do ciclo de caixa para descobri-lo:

Ciclo de caixa = (25 + 10) – 12

Ciclo de caixa = 35 – 12 

Ciclo de caixa = 23

Assim, no exemplo em questão, a empresa leva, em média, 23 dias desde a compra das mercadorias até o recebimento do pagamento pelas vendas.

Como interpretar essa métrica?

Agora que você já sabe o que é o ciclo de caixa e como calcular o indicador, vale entender como interpretá-lo. Afinal, fazer contas e chegar a um resultado específico são apenas as primeiras etapas do processo.

Após encontrar o número referente ao ciclo de caixa, a gestão deve analisá-lo e interpretar se ele está bom ou ruim. Caso a métrica esteja curta ou até negativa, trata-se de um sinal positivo. Ele indica que a empresa está gerenciando seus estoques, recebimentos e pagamentos de forma efetiva.

Ou seja, ela está convertendo seus produtos ou serviços em recursos rapidamente. Porém, se o ciclo de caixa estiver muito longo, esse pode ser um sinal de alerta. A razão é que ele sugere que a companhia está demorando para converter seus investimentos em dinheiro.

Por esse motivo, é fundamental estar atento a essa métrica. Além disso, é interessante fazer comparações com prazos médios do setor e de concorrentes. A medida permite verificar se o ciclo de caixa está em linha com o mercado ou se há oportunidades de melhoria.

Nesse contexto, a Equals pode ser uma solução ideal para as empresas. A ferramenta completa de controle de recebíveis permite compilar, monitorar e gerenciar os recebimentos de maneira eficiente.

Dessa forma, ao acompanhá-los de perto, se torna possível identificar oportunidades de reduzir o período médio de recebimento, contribuindo para a melhoria do ciclo de caixa.

Com as informações deste conteúdo, você entendeu o que é e como funciona o ciclo de caixa. Conhecendo a importância do indicador para a saúde financeira de uma empresa, fica mais fácil identificar oportunidades de implementar melhorias no fluxo de pagamentos da companhia.

Quer saber como é possível acompanhar o ciclo de caixa e melhorar o desempenho financeiro da empresa? Conheça a ferramenta da Equals!

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