A gestão financeira é um dos maiores desafios de uma empresa. Afinal, existem diversos elementos, índices e documentos que devem ser analisados para tomar decisões mais acertadas. Entre esses registros está o balanço patrimonial.
Ele traz dados importantes sobre a saúde financeira do negócio e a eficácia da gestão. Por essa razão, muitas organizações elaboram esse documento regularmente. Mas será que toda empresa precisa realizar essa tarefa?
O balanço patrimonial é um relatório contábil que demonstra a situação financeira da empresa no que se refere ao seu patrimônio. Assim, a análise desse documento permite acompanhar a evolução do negócio em relação ao seu capital, bens e direitos.
Para isso, nesse documento estão registrados todos os ativos financeiros da companhia, como:
Além disso, o balanço patrimonial precisa relatar as obrigações financeiras da empresa, que entram como passivos. Entre esses elementos, estão:
Desse modo, o demonstrativo apresenta o patrimônio bruto, que é a soma de bens e direitos, e o líquido. Esse último fator se refere à subtração de passivos dos ativos. Ou seja, reduz-se do patrimônio bruto o valor das obrigações financeiras do negócio.
Na prática, esse documento, junto a outros, serve para que gestores, líderes e investidores possam colher informações sobre as finanças e o capital empresarial. Por isso, ele pode ser elaborado todos os anos ou com intervalos menores, como semestral ou trimestralmente.
Agora que você já sabe o que é o balanço patrimonial, é preciso compreender as funções desse documento. Desse modo, é possível ter maior consciência da importância dele.
A seguir, veja as principais funções do balanço patrimonial!
Com o balanço patrimonial, os gestores podem ter um melhor controle sobre as finanças corporativas. Isso porque ele permite observar a proporção das dívidas para o patrimônio conquistado e se é preciso trabalhar melhorias na gestão financeira.
Por exemplo, se a companhia tem um alto nível de endividamento, isso pode indicar que ela precisa reduzir seus passivos ou aumentar seus ativos para melhorar sua situação financeira.
Muitas vezes, os sócios e gestores não conseguem visualizar o crescimento empresarial com exatidão. Por exemplo, há casos em que eles entendem haver um desenvolvimento satisfatório por enxergarem somente o patrimônio bruto.
Porém, ao observarem esse balanço e o resultado do patrimônio líquido, é possível concluir que esse crescimento foi às custas de muitas dívidas — gerando um cenário que pode ser mais arriscado.
Em outros casos, o contrário acontece. Ou seja, os gestores e investidores entendem que a empresa está estagnada quando, na verdade, ela pagou suas dívidas e o patrimônio líquido aumentou. Assim, esse balanço ajuda os interessados a visualizarem a evolução patrimonial da companhia.
O balanço patrimonial também contribui para tomadas de decisão mais acertadas. Como ele apresenta a situação financeira da empresa em um determinado momento, o relatório permite que os gestores avaliem a capacidade do negócio de honrar suas obrigações.
O balanço patrimonial também ajuda a gestão a identificar as áreas de investimento e analisar o desempenho financeiro geral da companhia.
Os investidores e parceiros em potencial podem usar o balanço patrimonial para avaliar a capacidade da empresa de gerar lucros e gerenciar suas obrigações financeiras. Ademais, eles terão chances de identificar oportunidades de crescimento e desenvolvimento.
Portanto, um balanço patrimonial bem elaborado e apresentado de forma objetiva pode ser uma ferramenta valiosa para atrair novos parceiros e investidores.
Como você viu, o balanço patrimonial permite que gestores, líderes e investidores façam análises sobre a situação financeira da empresa. Mas quais indicadores eles podem observar exatamente? Entender essa questão ajuda a compreender a importância do documento.
Ao observar o patrimônio líquido de uma empresa, comparando o período atual com o passado, é possível entender a rentabilidade do negócio. Afinal, se os resultados aumentam consistentemente, é indicativo que ele gera lucro.
Os ativos de uma empresa são divididos em circulantes e não circulantes. O primeiro se refere aos bens e direitos que são facilmente convertidos em dinheiro, como o próprio caixa e investimentos que podem ser resgatados imediatamente. Ou seja, aqueles de alta liquidez.
Já o segundo representa os ativos que tendem a demorar a serem convertidos em capital financeiro, como maquinário e imóveis, sendo assim de baixa liquidez.
Nesse contexto, é possível estimar a liquidez do patrimônio com o balanço patrimonial. Isso é fundamental para compreender a capacidade de pagar as obrigações da empresa sem se desfazer dos ativos não circulantes.
Uma companhia pode ter um grande patrimônio e um índice de endividamento igualmente elevado, o que pode não ser tão interessante. Por essa razão, é fundamental analisar o balanço patrimonial a fim de identificar isso e tomar decisões.
Assim, os investidores podem decidir se desejam investir na organização, enquanto os gestores terão condições de elaborar um plano de ação para reduzir as dívidas.
Até aqui, você recebeu informações importantes sobre o balanço patrimonial. Portanto, é o momento de saber se, de fato, toda empresa precisa elaborar esse documento.
De acordo com a legislação, apenas pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional estão dispensadas de apresentar esse demonstrativo, caso estejam com as demais obrigações em dia. Porém, no caso da participação de uma licitação, elas também precisam demonstrar o balanço patrimonial.
No mais, as outras companhias que não se enquadram nesse regime tributário precisam elaborar o balanço patrimonial e outros demonstrativos anualmente. Nesse caso, além de permitir análise da saúde financeira, o documento garante o cumprimento de obrigações contábeis.
Já do ponto de vista da gestão financeira, dos investidores e demais interessados, essa demonstração contábil é essencial, independentemente do porte da empresa ou do regime tributário. Afinal, ela permite que eles avaliem questões relevantes sobre as finanças do negócio e tomem decisões sobre investimentos, expansão ou redução de custos.
Ainda, ao avaliar o ativo, passivo e patrimônio líquido, os gestores podem identificar pontos fortes e fracos da empresa. Consequentemente, surgem oportunidades para implementar estratégias com o objetivo de melhorar a situação financeira corporativa.
Portanto, fazer um balanço patrimonial é uma obrigação legal para grande parte das empresas, além de ser uma prática recomendada para garantir a gestão financeira adequada e sustentável do negócio.
Neste post, você descobriu que é o balanço patrimonial. Utilizar esse demonstrativo pode ser útil para tomar melhores decisões no que se refere às finanças do negócio.
Gostou deste post? Então aproveite para entender como a automação pode beneficiar sua empresa!