6 Tendências do mercado financeiro que CFOs precisam monitorar

23 junho 2025

Quem atua como CFO (chief financial officer) precisa acompanhar as mudanças e tendências do mercado financeiro. Desse modo, é possível antecipar riscos, identificar oportunidades e adaptar rapidamente os processos financeiros da companhia a essas transformações.

O mercado passa por mudanças significativas relacionadas, principalmente, aos avanços tecnológicos. Nesse cenário, os CFOs têm um papel cada vez mais relevante, em especial para garantir a sustentabilidade e o crescimento das empresas.

Quer conferir as 6 principais tendências do mercado financeiro para o segundo semestre de 2025 e para os próximos anos? Continue a leitura e entenda por que CFOs devem monitorá-las!

1. Inteligência artificial aplicada à gestão financeira

A adoção da IA (inteligência artificial) nas finanças corporativas deixou de ser uma aposta para o futuro para se tornar realidade. Soluções baseadas em algoritmos e machine learning (aprendizado de máquina) já desempenham um papel relevante em diferentes tarefas.

Alguns exemplos são:

A IA consegue processar grandes volumes de dados com agilidade e identificar padrões com mais precisão do que métodos tradicionais. Com isso, as áreas financeiras podem antecipar desvios operacionais.

Também é possível melhorar a qualidade das projeções e agir rapidamente diante de mudanças inesperadas no mercado.

Para CFOs, o uso da IA tende a representar ganhos expressivos em eficiência e agilidade nas rotinas de gestão e conciliação. Além disso, esse tipo de tecnologia colabora para a análise mais precisa de dados financeiros, contribuindo para decisões embasadas e estratégicas.

2. Blockchain e finanças descentralizadas

Embora o uso corporativo da tecnologia blockchain esteja em desenvolvimento, ela já demonstra potencial. Por meio dela, as empresas conseguem redefinir seus processos financeiros, especialmente no que se refere à rastreabilidade, segurança e descentralização.

Entre as aplicações mais promissoras estão os contratos inteligentes, que executam cláusulas automaticamente, sem depender de confirmações manuais. Os empreendimentos ainda podem usar a blockchain para validar operações, como pagamentos internacionais, com mais transparência e menor custo.

Logo, essa é outra tendência a que CFOs devem atentar ao fazer a gestão das finanças de um negócio. A tecnologia blockchain tem se expandido de forma rápida, não se limitando mais às operações ligadas a criptomoedas — como em seu surgimento.

O CFO que entende e acompanha esse tipo de inovação pode ser protagonista na transformação digital da empresa em que atua, gerando ganhos em confiança e eficiência.

3. Mudanças regulatórias e avanço da fiscalização digital

No Brasil, o ambiente regulatório segue em evolução. Autoridades como o Banco Central e a Receita Federal têm ampliado o escopo de normas voltadas à proteção de dados, transparência de informações e rastreabilidade das transações financeiras.

Assim, a margem para erros ou atrasos na prestação de informações se torna cada vez menor. Empresas que não têm uma estrutura organizada, integrada e transparente de dados financeiros correm mais riscos de sofrer autuações.

Erros ou inconformidades que antes passavam despercebidos são rapidamente identificados por sistemas de fiscalização digital.

Dessa forma, é essencial que CFOs adequem os processos financeiros internos às exigências legais e acompanhem eventuais mudanças na legislação. Com essas medidas, há como garantir o compliance (conformidade legal) do negócio e evitar sanções e prejuízos reputacionais.

4. Open finance e a democratização dos dados financeiros

O avanço do open finance (sistema financeiro aberto) no Brasil está modificando a relação entre empresas, bancos e fintechs. O ponto principal é que ele amplia o acesso a soluções mais customizadas e conectadas à realidade de cada pessoa e negócio.

A possibilidade de compartilhar dados bancários e transacionais entre diferentes plataformas, com consentimento, promove mais transparência, competitividade e inovação nos serviços.

Para diretores financeiros, essa tendência representa diferentes oportunidades. Por exemplo, por meio dela, é possível aumentar a eficiência da gestão de contas, consolidar informações de maneira automatizada e até negociar melhores condições com instituições financeiras.

No médio e longo prazo, a adoção estratégica do open finance pode ampliar a inteligência dos negócios e reduzir custos com serviços bancários.

5. Novos formatos e ecossistemas de pagamento

O sistema de pagamentos no Brasil está em constante evolução. Pix, carteiras digitais, links de pagamento, QR codes e soluções via aplicativos de entrega têm transformado o fluxo de receitas das empresas.

Esse avanço gera benefícios tanto para o consumidor, que tem mais conveniência, quanto para as empresas. Porém, ele impõe desafios de controle e conciliação para negócios.

Afinal, quando há múltiplas plataformas envolvidas, cresce o risco de divergências, atrasos na compensação ou falhas de comunicação entre sistemas.

Não se trata de oferecer mais formas de pagamento ao consumidor, mas de integrar e gerenciar esses canais com controle — tarefas que cabem aos CFOs. Vale ressaltar que uma gestão eficiente nesse sentido passa, principalmente, por automatizações de conciliações e auditorias.

6. Taxas de juros, protecionismo e instabilidade global

Para concluir a lista de principais tendências do mercado financeiro, é válido falar sobre as taxas de juros, o protecionismo e a instabilidade global. A razão é que essas questões estão relacionadas e afetam o trabalho de CFOs.

Por exemplo, o cenário de juros elevados no Brasil exige uma gestão de caixa mais cuidadosa e estratégica por parte de diretores financeiros. O motivo é que o custo do capital impacta diretamente a alocação de recursos, o planejamento de investimentos e o perfil de endividamento das empresas.

Ademais, uma Selic alta pode intensificar os riscos de inadimplência por parte de clientes e parceiros. Como consequência, CFOs devem reavaliar as políticas de crédito, implementar medidas mais rigorosas de análise e considerar soluções para manter a sua liquidez.

Da mesma forma, movimentos protecionistas impactam o custo do crédito, a disponibilidade de recursos e a dinâmica de exportação e importação. CFOs devem monitorar esses desdobramentos econômicos e geopolíticos para manter o planejamento empresarial ajustado à realidade.

Neste conteúdo, você conferiu as 6 principais tendências do mercado financeiro para o segundo semestre de 2025 e os próximos anos. Portanto, caso atue como CFO em uma empresa, considere cada tópico apresentado para realizar um trabalho mais eficiente e estratégico.

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