Com a multiplicação dos canais de venda por meio da estratégia omnichannel, as operações das empresas se tornaram mais eficientes e dinâmicas. Porém, elas passaram a ser mais vulneráveis a riscos fiscais e tributários.
A implementação desse modelo exige atenção redobrada à conformidade dos pagamentos. Afinal, cada canal pode gerar diferentes formas de cobrança, impostos e estruturas operacionais. Isso amplia a complexidade na apuração de encargos e aumenta o risco de inconsistências.
Sendo assim, confira neste conteúdo como o compliance fiscal pode acompanhar essa questão, os principais riscos envolvidos e o que fazer para manter operações protegidas!
Compliance fiscal é a prática de manter todas as obrigações tributárias em dia, respeitando a legislação vigente. Ele inclui o cálculo e o recolhimento corretos dos impostos, a entrega das declarações e a integridade das informações prestadas ao Fisco.
Em operações omnichannel, esse trabalho se intensifica, exigindo atenção e cuidados especiais. O motivo é a necessidade de garantir que as atividades realizadas em canais distintos — com sistemas diferentes e fluxos próprios — sejam tratadas de forma padronizada do ponto de vista fiscal.
O que parece simples, na prática, exige processos bem estruturados e total integração entre áreas e tecnologias. Do contrário, a empresa pode enfrentar inconsistências nos registros, dificuldades na apuração de tributos e riscos de não conformidade.
Quanto mais canais, pontos de contato, formas de pagamento e dados circulando, maiores são as chances de haver erros e a situação financeira sair do controle.
Nos tópicos a seguir, confira os riscos mais comuns do omnichannel!
Comercializar um mesmo produto na loja física, no aplicativo e em um marketplace pode gerar impactos fiscais distintos. Em alguns casos, há impostos retidos na fonte. Em outros, a empresa vendedora é quem deve se encarregar dessa tarefa.
Um erro na definição da operação pode levar ao pagamento incorreto de tributos — para mais ou para menos. Além disso, essas divergências tendem a gerar passivos tributários inesperados e aumentar a exposição a autuações fiscais.
Sistemas que não se comunicam tendem a gerar versões diferentes da realidade. O montante registrado no ERP (Enterprise Resource Planning), por exemplo, pode não bater com o que foi recebido via intermediário financeiro.
Essa questão gera o risco de comprometimento da confiabilidade das informações fiscais, sendo capaz de tornar a conciliação manual mais trabalhosa e sujeita a falhas.
Quando há comissões, split de pagamentos, cashback, cancelamentos ou chargebacks, por exemplo, o cálculo dos tributos pode se tornar confuso. Se os sistemas não captam essas variações com precisão, é comum deixar de recolher impostos corretamente ou coletar quantias indevidas.
No omnichannel, o time fiscal pode não ter visibilidade sobre todas as etapas da operação de venda, especialmente quando há diferentes parceiros envolvidos. Essa situação tende a dificultar o controle e aumentar o risco de descumprimento de obrigações acessórias.
Imagine, por exemplo, que você possui uma empresa que vende eletrônicos, com uma loja física, um e-commerce e presença em dois marketplaces. Nela, um mesmo produto, como um notebook, é comercializado em todos esses canais, com variações de preço, prazos e formas de pagamento.
Cada uma dessas operações gera impactos fiscais diferentes. Se os dados dessas vendas não forem conciliados e integrados corretamente, a sua empresa corre o risco de declarar montantes incorretos, pagar tributos a mais ou deixar de cumprir obrigações.
Existem algumas medidas importantes a adotar para evitar problemas com a Receita Federal e reduzir riscos financeiros.
Veja quais são elas!
O primeiro passo é garantir que todas as pontas conversem entre si. As vendas realizadas em qualquer canal devem ser refletidas de maneira consistente nos sistemas contábeis, fiscais e financeiros. Isso evita divergências e permite o cruzamento de dados com precisão.
Ademais, as áreas devem estar integradas. O time fiscal precisa estar alinhado às equipes do comercial, financeiro e de tecnologia.
Muitas vezes, uma simples mudança de campanha em um marketplace pode alterar a estrutura de tributação. Portanto, manter todos os envolvidos informados reduz o risco de dificuldades.
Mesmo com múltiplos canais, a forma como a operação é registrada internamente deve seguir uma lógica uniforme. Padronizar o tratamento fiscal das vendas, desde a classificação de produtos até o registro contábil, é fundamental para manter o controle.
Conferir manualmente todas as vendas, pagamentos, taxas, cancelamentos e impostos é inviável quando se tem um grande volume de transações.
Nesse contexto, a automatização de processos de conciliação oferece eficiência. Ela permite identificar inconsistências em tempo real e corrigi-las antes que se tornem um problema fiscal.
Auditar as informações fiscais e financeiras da empresa com frequência é uma maneira preventiva de identificar falhas, fraudes ou divergências. Ainda, essa ação facilita o preparo para fiscalizações.
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Além disso, a Equals é uma plataforma que segue os padrões internacionais de segurança e governança, sendo uma aliada estratégica na redução de riscos e no ganho de eficiência tributária.
Manter o compliance fiscal em operações omnichannel não é uma tarefa simples, mas também está longe de ser inviável. Com uma estrutura adequada, integrações bem planejadas e o apoio de ferramentas, é possível atuar com segurança, reduzir riscos e manter a conformidade tributária.
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