A gestão financeira de uma empresa está diretamente conectada às movimentações do mercado. Nesse contexto, compreender como as mudanças na economia afetam a tesouraria corporativa é fundamental para a tomada de decisões estratégicas.
Em um cenário de incertezas econômicas, a atuação dessa área se torna ainda mais crítica para manter o controle financeiro. Fatores como variações cambiais, juros e inflação podem se refletir no caixa operacional, estratégias de investimento e endividamento, exigindo respostas ágeis.
Quer entender melhor o papel da tesouraria corporativa e descobrir como as flutuações econômicas impactam a área? Então continue a leitura!
A tesouraria corporativa é o setor responsável por garantir que as finanças da empresa estejam fluindo de forma saudável e estratégica. Ela gerencia desde as movimentações financeiras diárias até as decisões estratégicas de curto, médio e longo prazo, que garantem a sustentabilidade do negócio.
O seu principal objetivo é assegurar que a empresa tenha dinheiro o suficiente para operar com eficiência, cumprir as suas obrigações e atingir os seus objetivos estratégicos.
Para tanto, ela fica responsável por funções como:
As flutuações econômicas representam um desafio constante para a gestão da tesouraria corporativa. A capacidade de projetar, analisar e reagir a essas mudanças é indispensável para a manutenção da saúde financeira e a sustentabilidade de uma empresa.
Confira como cada movimento econômico pode se refletir na área!
Durante períodos de crise, como recessões ou colapsos setoriais, a tesouraria costuma enfrentar aumento da inadimplência, redução do consumo e escassez de crédito. O cenário pressiona o fluxo de caixa e compromete a capacidade de honrar compromissos.
No período, o acesso ao crédito tende a ficar mais restrito, com exigência de garantias adicionais e aumento do custo do capital. Nesse contexto, a tesouraria precisa ajustar o planejamento e adotar estratégias de gestão de liquidez para evitar rupturas operacionais.
Alterações na Selic (a taxa básica de juros), por exemplo, afetam o custo do capital e o retorno dos investimentos. Um aumento da taxa pode encarecer o endividamento, impactando o fluxo de caixa e a capacidade de investimento.
Já em cenários de queda dos juros, há oportunidades para a renegociação de passivos, emissão de novos instrumentos de captação e expansão dos investimentos. A tesouraria deve acompanhar com atenção o ambiente monetário para tomar decisões que equilibrem risco e retorno nas operações.
Empresas com receitas ou custos em moeda estrangeira, como importadoras e exportadoras, estão expostas a riscos cambiais. Variações abruptas nas cotações do dólar ou euro, por exemplo, podem gerar perdas expressivas se não forem gerenciadas pela tesouraria.
Nesses casos, é pertinente o uso de instrumentos de hedge (proteção), como contratos futuros ou swaps cambiais, para mitigar a volatilidade e garantir previsibilidade financeira. A exposição deve ser monitorada continuamente, especialmente em cenários de instabilidade.
A inflação reduz o poder de compra da moeda, impactando os custos operacionais, os preços dos insumos e as margens de lucro. Em períodos inflacionários, a tesouraria precisa ajustar seus modelos de projeção e adotar estratégias para manter o caixa da empresa.
Além disso, vale considerar reavaliar contratos de longo prazo, reajustar preços e negociar com fornecedores e clientes. Uma inflação persistente pode exigir alterações na estrutura de capital de giro, aumentando a necessidade de recursos para financiar as operações correntes.
Para superar cenários de instabilidade econômica, a adoção de uma política financeira sólida por parte da tesouraria corporativa é imprescindível.
Acompanhe algumas medidas que podem ajudar a superar cenários de flutuações econômicas!
Um dos pilares dessa atuação é o planejamento dinâmico de caixa. Em vez de fazer projeções estáticas, a tesouraria revisa constantemente suas estimativas de entrada e saída de recursos. A abordagem permite que a liquidez seja ajustada às flutuações do mercado.
Ainda, o método dinâmico protege o negócio contra imprevistos macroeconômicos. Ao revisar constantemente as projeções, a tesouraria consegue tomar decisões mais ágeis, evitando gargalos financeiros.
Outra estratégia interessante é a diversificação de fontes de receita e financiamento. Ao reduzir a dependência de um único cliente, produto ou linha de crédito com uma instituição financeira específica, a empresa minimiza os seus riscos.
Adicionalmente, a pluralidade de receitas e financiamentos permite aproveitar oportunidades emergentes. Empresas com múltiplas fontes de recursos se adaptam melhor a mudanças no mercado, mantendo um fluxo de caixa mais saudável.
O uso de ferramentas tecnológicas integradas, como ERP (Enterprise Resource Planning) e sistemas de gestão e de conciliação financeira, otimiza o controle do orçamento corporativo. Elas automatizam processos, reduzindo erros e aumentando a eficiência operacional.
A integração com bancos e outros sistemas agiliza a tomada de decisões, proporcionando dados em tempo real. A característica também facilita a análise de cenários e projeções. Com informações centralizadas, a tesouraria identifica tendências e riscos com maior precisão.
As políticas de contingência são decisivas para responder a eventos extremos, como rupturas de receita ou crises de crédito. Afinal, elas permitem antecipar ações como cortes de custos, renegociação de dívidas e venda de ativos não essenciais.
Destaca-se que a antecipação de riscos é indispensável para manter a continuidade operacional em momentos críticos. Logo, as empresas que conseguem implementar essas políticas aumentam as chances de reduzir os impactos negativos de flutuações econômicas.
Neste post, você conferiu o que é tesouraria corporativa e quais são os impactos das oscilações econômicas nessa área. Então considere adotar estratégias preventivas e um controle financeiro eficiente para garantir a resiliência da empresa diante de incertezas no cenário global.
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