Existem modalidades de contratos que possibilitam acessar diferentes tipos de bens mesmo que não se tenha o capital necessário para comprá-los de imediato. Nesse contexto, vale a pena saber o que é leasing e como ele costuma ser acessível tanto a pessoas quanto a empresas.
O leasing permite obter e utilizar bens sem se expor aos riscos ou ter os compromissos financeiros associados a uma compra direta. As características fazem do contrato uma solução versátil em determinadas situações.
Quer entender o que é leasing e como esse tipo de contrato funciona? Continue a leitura e confira os detalhes sobre o modelo!
O leasing é uma modalidade financeira na qual uma pessoa ou empresa aluga um bem, como um veículo, equipamento ou imóvel, por um período determinado. Durante o contrato, o locatário paga uma quantia fixa, semelhante a um aluguel, ao proprietário do bem.
No entanto, a principal diferença entre o leasing e a locação é que, ao fim do contrato da primeira modalidade, o locatário tem a opção de comprar o ativo que estava alugando. Nesse caso, ele paga o valor residual que, em geral, é acordado previamente.
Por conta disso, esse tipo de contrato tende a ser útil para quem precisa de um bem, mas não tem o dinheiro necessário para comprá-lo de imediato. Assim, existe a possibilidade de utilizar o ativo durante o período de aluguel e, no fim, decidir se vale a pena adquiri-lo definitivamente.
Historicamente, o leasing tem raízes que remontam aos anos 1700, mas ganhou força e popularidade a partir da Segunda Guerra Mundial. Foi nessa época que os EUA começaram a alugar equipamentos militares para os seus aliados, com a opção de compra ao fim do uso.
Já no Brasil, o modelo de leasing começou a se desenvolver na década de 1960, mas só obteve regulamentação oficial com a Lei 6.099/74. Além de definir as regras do leasing, o texto estabeleceu normas tributárias e apontou o Banco Central como responsável pela fiscalização da modalidade.
O processo de leasing começa com o arrendatário, seja ele uma pessoa física ou jurídica, identificando o bem que ele deseja usar. O ativo pode ser desde um carro ou uma máquina industrial até um equipamento tecnológico, por exemplo.
Em vez de comprar o item diretamente, o arrendatário entra em contato com uma instituição financeira, conhecida como arrendadora, e solicita que ela adquira o bem em seu nome. Com a medida, é firmado um contrato de arrendamento mercantil com o locatário.
No documento, são definidas todas as condições de uso do bem, além do valor, a frequência das parcelas que o locatário deverá pagar e a duração do acordo. Durante o período, ele está autorizado a utilizar o bem como se fosse seu, mas a propriedade legal permanece com a arrendadora.
Como você viu, o arrendatário também pode optar por comprar o bem, pagando um valor previamente acordado. O montante geralmente é menor do que o preço de mercado do bem, já que considera os pagamentos efetuados ao longo do acordo.
Além disso, o locatário tem a opção de renovar o contrato de leasing existente, o que permite continuar utilizando o bem por mais tempo. Se nenhuma das opções for do interesse dele, há possibilidade de encerrar o acordo e devolver o ativo à arrendadora.
Existem três tipos principais de leasing e cada um deles funciona de forma diferente. Ao se familiarizar com as suas particularidades, você pode entender quais são mais adequados para as suas necessidades.
Veja, a seguir, quais são os tipos de leasing e como eles funcionam!
No leasing operacional, o arrendatário geralmente não tem a intenção de comprar o bem ao fim do período combinado, podendo devolvê-lo ou estender o contrato. Se o locatário decidir adquirir o ativo, ele pagará o valor de mercado no momento da compra. Ainda, o contrato pode definir quem é responsável pela manutenção do item.
No leasing financeiro, o arrendatário costuma ter a intenção de comprar o bem ao término do contrato. Inclusive, o preço da compra é definido logo no início da operação e o locatário paga o valor residual ao fim.
Esse modelo de leasing possibilita testar o bem antes de optar por comprá-lo. Se você decidir não fazer a aquisição, o arrendador reembolsa o valor pré-pago.
O leaseback se diferencia dos demais tipos de leasing por ser uma modalidade usada para obter dinheiro imediato. Nesse caso, o proprietário vende o bem para uma instituição financeira, mas continua a utilizá-lo.
Ao fim do contrato, o locatário tem a opção de recomprar o ativo e recuperar a propriedade. Esse tipo de contrato é comum entre empresas que precisam de capital, mas não querem perder o uso do bem.
O leasing oferece diferentes vantagens que podem ser interessantes tanto para empresas quanto para pessoas físicas. O modelo é particularmente útil para quem busca adquirir bens de alto valor sem a necessidade de desembolsar o montante total de imediato.
Assim, há como preservar o capital de giro ao minimizar os investimentos iniciais. A característica ainda facilita o planejamento financeiro do comprador.
Outra vantagem relevante é a flexibilidade do processo, já que você tem a opção de compra ou não do bem ao fim do contrato, com valor predeterminado. O benefício também se traduz em maiores chances de aprovação na análise de crédito.
Além disso, é possível economizar mais se o contrato definir que a manutenção do bem fica a cargo do arrendador. Em certos casos, você consegue aproveitar benefícios fiscais, como a isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Agora você sabe o que é leasing e como a modalidade de contrato funciona. Caso esteja pensando em adquirir um imóvel ou outro bem importante, o leasing pode ser uma solução que atende a suas necessidades e permite um melhor planejamento financeiro.
As informações deste conteúdo foram úteis para você? Então compartilhe o artigo em suas redes sociais para impactar mais pessoas!