A evolução dos meios de pagamento acompanhou as necessidades que os seres humanos apresentaram com o tempo. A lógica é sempre essa: novos hábitos demandam novas soluções tecnológicas. Como por exemplo, pagamento por aproximação via Near Field Communication (NFC), em que o usuário utiliza um smartphone, cartão, pulseira ou relógio para finalizar uma transação financeira.
Essa tecnologia surgiu em 2014 quando a Apple lançou o iPhone 6 e anunciou a solução para pagamentos móveis, ApplePay. A novidade era mesclada a uma carteira digital por meio de uma parceria com a American Express, Mastercard e Visa. O objetivo era substituir cartões de crédito e débito físicos no momento do pagamento, porém, manteve-se a necessidade de digitar uma senha no smartphone para autenticar a operação.
Mesmo com alguns benefícios aparentes que o pagamento por aproximação proporciona, como rapidez, segurança e comodidade, ele só despontou de vez durante a pandemia do novo coronavírus, devido a necessidade de evitar o contato com dinheiro físico. Para ter ideia, 41% dos consumidores no mundo estão usando menos dinheiro e mais cartões de débito, crédito e pagamentos móveis durante a pandemia da COVID-19, segundo a Global Kantar.
Não apenas isso, apesar de 84% das pessoas terem medo da contaminação da COVID-19, uma parte delas ainda prefere fazer compras de mercado presencialmente – esse é, inclusive, o principal motivo que leva 92% das pessoas a quebrarem o isolamento social, segundo MindMiners. Logo, o pagamento por aproximação permite que os consumidores façam compras correndo menos riscos.
Em uma pesquisa recente, a Mastercard constatou que 53% dos brasileiros pretendem fazer menos compras usando dinheiro físico e outros 52% disseram que vão comprar mais on-line. O dado mais interessante é que para 63% dos entrevistados, o pagamento por aproximação é uma tendência que vai prevalecer mesmo após a pandemia. Assim, o percentual de 80% das adquirentes que aceitam cartões com a tecnologia contactless tende a aumentar. No Brasil, há 4,9 mil cidades brasileiras com maquininhas de cartão aderentes a tecnologia NFC.
O Banco do Brasil estima que até o fim de 2020, serão emitidos 5 milhões de cartões para pagamento por aproximação. Dados do BB demonstram que essa modalidade de pagamento cresceu em torno de 400% até julho deste ano, o que resultou em quase 3,5 milhões de pagamentos por contactless. Com a maioria ocorrendo em carteiras digitais.
A Associação Brasileira das Empresas de Cartões e Serviços (Abecs) constatou em junho, por meio de uma pesquisa do Instituto Datafolha, que a quantidade de pessoas que fazem pagamento por aproximação cresceu 18% quando comparada aos primeiros meses de 2019, cuja percentagem foi de 6%. Ou seja, os resultados triplicaram durante a pandemia. A Mastercard teve um aumento de 40% em pagamentos sem contato no primeiro trimestre de 2020. Só nos EUA, a VISA teve um crescimento de 150% em pagamentos por aproximação.
Apesar de a utilização do pagamento por aproximação ser predominante no varejo – como, por exemplo, em supermercados, restaurantes e em redes de fast food –, desde maio de 2020 governos têm ampliado sua utilização no transporte público como também em estações de pedágios em rodovias pelo Brasil.
Pelo menos até o início da pandemia em março, eram permitidas apenas 3 transações diárias no valor de R$ 50 cada com pagamento por aproximação sem senha por meio de cartões de crédito e débito. Em julho deste ano, a Abecs aumentou esse limite para R$ 100 a cada pagamento contactless sem senha.
O valor continua sendo relativamente baixo com o objetivo de controlar possibilidades de fraudes. Apesar disso, a tecnologia é segura, pois, a cada transação há um código criptografado disponível apenas para aquele pagamento. Segundo a Abecs, o padrão internacional EMV também contribui com a segurança das transações, já que impede que os dados sensíveis do usuário possam ser clonados ou que outras fraudes aconteçam.
Segundo um estudo recente da Adyen nos EUA, a possibilidade de «pular uma fila» fazendo uma transação em terminais móveis de pagamento pode aumentar as chances em 46% de o consumidor concluir sua compra no local. Outros 68% dos entrevistados se mostraram interessados em realizar um pagamento por meio de um aplicativo dentro do estabelecimento.
Em uma pesquisa recente, a VISA apontou quais os principais motivos pelos quais os consumidores da América Latina e do Caribe optam por pagamento por aproximação; como também alguns porquês de essa ser uma prioridade para emissoras. Assim, destacamos os benefícios a seguir que podem ser obtidos por meio do pagamento por aproximação e melhorar a experiência do cliente.
Como nem todo smartphone possui NFC, o uso de cartões de crédito e débito para pagamento por aproximação vai continuar devido a sua boa acessibilidade. Só não se sabe exatamente por quanto tempo. Mas se você precisa fazer conciliação de cartões para pagamento com ou sem aproximação, estaremos sempre com você para ajudar.
A automação financeira por meio da plataforma Equals possibilita também que a conciliação de cartões aconteça sem interferência humana, tornando-a mais segura e rápida quando comparada com a conciliação manual.