Cada vez mais consumidores optam por pagar suas compras com cartões de crédito e débito, seja em lojas físicas ou no ambiente online. Para se ter uma ideia dessa tendência, basta observar os números. Em 2017, os cartões de crédito movimentaram R$843 bilhões, um aumento de 12,4% em relação a 2016. Já os cartões de débito tiveram um incremento de 12,6%, atingindo os R$ 508 bilhões. Os dados são da Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS).
Ou seja, não contar com esses meios de pagamento significa perder vendas. Mas para oferecer aos clientes essa opção, é preciso contar com um sistema de leitura e transmissão das informações financeiras. Os mais comuns são POS e TEF. Explicar a diferença entre essas tecnologias é o objetivo deste texto. Confira!
POS é uma sigla em inglês que significa Point of Sale. Na tradução para o português teríamos algo como «ponto de venda». Para entender o que é o POS, basta pensar nas famosas maquininhas de cartão portáteis, que podem ser levadas de um local para o outro, de acordo com a necessidade do cliente. Elas contam com um visor, um teclado e uma impressora, o que dispensa outros equipamentos.
Tal praticidade faz com que pequenos comércios optem normalmente por esse sistema. Com a máquina conectada à internet (que pode ser móvel) ou a uma linha telefônica, é só inserir o cartão, os dados da compra e solicitar ao cliente que digite sua senha. Se tudo estiver correto, a compra será aprovada e o comprovante, impresso.
Além do fácil manejo e da mobilidade (até serviços de delivery podem usar do POS para receber os pagamentos), o baixo custo para adquirir ou alugar uma máquina é outro atrativo.
Por outro lado, cada maquininha de POS funciona conectada apenas a uma rede. Isso pode fazer com que o comerciante tenha que contratar diferentes adquirentes. Além disso, talvez seja difícil determinar quantas máquinas serão necessárias e de quais adquirentes elas serão.
Outra dificuldade imposta pelo POS está na hora de conciliar as vendas. Sem um sistema de automação, será necessário fazer essa conferência manualmente. Tal empecilho costuma atrapalhar o comerciante, que pode ficar em dúvidas se todos os pagamentos foram recebidos e as taxas, cobradas corretamente.
TEF é a sigla para Transferência Eletrônica de Fundos. Aos olhos de um leigo, não há muitas diferenças claras entre essa tecnologia e o POS. Porém, o terminal onde o cliente insere o cartão e digita a senha é a única similaridade que pode ser apontada entre os sistemas. E mesmo assim, se observado de perto, até nisso POS e TEF são diferentes.
O TEF não possui mobilidade: a maquininha onde o cartão e senha são inseridos fica fixa no caixa, conectada a um computador. Ao realizar uma transação, o sistema reconhece os dados do cartão e solicita a senha. Depois que a operação é autorizada, o comprovante é emitido junto com a nota fiscal.
Toda a transmissão de dados é feita pela internet ou link dedicado. Diferente do POS, o TEF é multiadquirente, dispensando inúmeras máquinas e ampliando a gama de cartões aceitos sem que isso represente custo adicional.
O TEF é capaz de registrar as taxas de cada bandeira a partir das adquirentes contratadas. Quando o cartão for identificado, a transação será realizada de acordo com a escolha feita previamente pelo lojista. Logo, além de precisar de apenas uma máquina para aceitar diversos cartões, será possível economizar no pagamento de taxas.
O TEF também facilita a conciliação de vendas, tornando dispensável o arquivamento do recibo de cada transação. Com isso, esse sistema geralmente é adotado por estabelecimentos com grandes volumes de venda ou com vários caixas, como supermercados, por exemplo.
A segurança, outro aspecto que preocupada a todos, é mais um benefício do TEF. Ela impossibilita erros de digitação na hora de inserir o valor a ser cobrado e é mais robusta diante de ataques que exploram as vulnerabilidades das maquininhas POS.
A já mencionada falta de mobilidade não é a única desvantagem do TEF, por ser um sistema que precisa estar sempre conectado à rede por cabos. A instalação e manutenção de todo o equipamento necessário geralmente demanda a contratação de fornecedores e pessoal capacitado.
Embora cada sistema conte com vantagens e desvantagens bastante claras, a escolha vai passar pelas necessidades do comércio. Uma opção errada aumenta os custos e pode não suprir as necessidades do lojista, resultando em perda de vendas.
O primeiro aspecto a ser avaliado é a mobilidade. Faz pouco sentido que um restaurante ou um delivery de comida trabalhem com um sistema TEF. Para esses estabelecimentos, a mobilidade do POS é indispensável, já que as maquininhas podem ser levadas sem problemas tanto a mesa quanto à porta do cliente. Tudo isso sem que estejam conectadas à internet por cabos ou a um terminal na loja.
Depois, é preciso considerar o volume de vendas. Comércios com faturamentos altos costumam optar pelo TEF, que dispõe de sistemas de automação para que a conciliação de venda seja feita de maneira automática. O TEF também é uma boa opção para quem quer integrar diversas redes adquirentes em apenas uma máquina, economizando com isso.
Ainda assim, nada impede que uma loja opte por combinar os dois sistemas. Com isso, é possível contar tanto com a mobilidade e facilidade de uso do POS, quanto com o maior controle das vendas e das taxas pagas do TEF. Por fim, é preciso consultar a legislação local. Alguns estados determinam que estabelecimento de certas categorias trabalhem exclusivamente com o TEF.
Como você viu, o POS e o TEF têm o mesmo objetivo: oferecer um serviço que sirva para levar o dinheiro de um ponto a outro, de forma prática, rápida e segura. No entanto, o trajeto percorrido em cada opção até que a operação seja concluída é bem diferente, assim como as vantagens e desvantagens de cada sistema. Isso faz com que diversos aspectos devam ser levados em conta na hora da decisão.
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