Desde o seu lançamento, em 2020, o Pix revolucionou a forma como pessoas e empresas realizam transações financeiras no Brasil. A solução criada pelo Banco Central (Bacen) trouxe velocidade, praticidade e ampla adesão, mas também abriu espaço para novas tentativas de fraude.
Para fortalecer a confiabilidade do sistema, o Banco Central frequentemente anuncia mudanças no Pix. Essas atualizações são voltadas à segurança e incluem desde mecanismos que permitem recuperar valores em caso de golpes até ajustes regulatórios.
Neste artigo, você conhecerá as principais mudanças no Pix e como essas medidas afetam diretamente as empresas. Continue a leitura e entenda!
É importante compreender que o crescimento exponencial do Pix trouxe consigo um aumento do número de golpes financeiros. A situação gerou a necessidade de adotar medidas para evitar esses problemas.
Entre os mais comuns, estão:
Conforme estudo de 2024 da ACI Worldwide, as fraudes de pagamento por push autorizado poderiam crescer a uma taxa anual composta de 31,8% de 2023 até 2028. Além disso, a velocidade da transação é um desafio, já que dificulta o bloqueio de operações suspeitas em tempo real.
Tendo em vista questões como essas, o Banco Central estruturou um plano de melhorias. O cronograma prevê etapas até 2026, quando todas as instituições financeiras participantes devem estar em conformidade.
As atualizações envolvem ajustes técnicos e regulatórios que afetam tanto usuários pessoa física quanto empresas. Assim, são pensadas questões que vão desde a criação de ferramentas automáticas de bloqueio até a implementação de um sistema para devolução mais eficiente de quantias.
Confira os principais pontos a serem implementados até 2026!
O MED foi criado em 2021 com o intuito de permitir reaver valores em casos de fraude comprovada. No entanto, o recurso passa a ser expandido, com mais agilidade na análise das solicitações e maior integração entre instituições financeiras.
O Banco Central prevê que a devolução possa ocorrer em até 11 dias após a contestação, aumentando a chance de a vítima recuperar o dinheiro. A ideia é reduzir o tempo entre a denúncia e a devolução, diminuindo o prejuízo dos clientes.
Adicionalmente, será possível identificar possíveis caminhos dos recursos e evitar novas fraudes por essas mesmas contas. Essas alterações estavam previstas para serem facultativas a partir de 23 de novembro de 2025 e obrigatórias começando em 2 de fevereiro de 2026.
Mais uma alteração é a possibilidade de abrir pedidos de contestação diretamente pelos aplicativos das instituições financeiras, por meio de um serviço de autoatendimento.
Isso vale para casos de fraude, golpes ou transferências feitas sob coação. O processo fica menos burocrático e mais padronizado, aumentando as chances de recuperar valores antes que eles sejam movimentados.
Outra medida que ganha força é a possibilidade de bloquear valores por até 72 horas quando há suspeita de fraude. Essa retenção temporária dá tempo para análise detalhada da transação.
A atualização prevê a ampliação desse recurso para pessoas jurídicas, o que antes era possível somente para pessoas físicas.
O Bacen estabeleceu um teto de R$ 15 mil por operação. Ele vale para Pix e Transferência Eletrônica Disponível (TED) feitos em instituições de pagamento não autorizadas ou que utilizam Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTIs).
A medida é preventiva e não afeta clientes de bancos tradicionais ou fintechs já regularizadas. Esse limite pode ser removido assim que a instituição comprovar conformidade com os controles de segurança exigidos.
Empresas de médio e grande porte, que lidam com alto volume de transações, estão entre as mais beneficiadas pelas medidas.
As principais vantagens observadas são:
As novas exigências do Banco Central estimulam investimentos em soluções de tecnologia para monitoramento e gestão de transações. Com isso, amplia-se o nível de maturidade financeira dos empreendimentos.
Por um lado, as medidas do Banco Central fortalecem o sistema de pagamentos. Porém, é essencial que as empresas contem com controles internos bem estruturados para gerenciar a sua rotina financeira. Nesse contexto, as soluções tecnológicas ganham destaque.
Plataformas de conciliação financeira, como a Equals, permitem que cada transação realizada por Pix, cartões, boletos ou carteiras digitais seja automaticamente conferida. Essa rastreabilidade reduz falhas humanas, facilitando a visibilidade das movimentações e de eventuais divergências.
Com o apoio dessas ferramentas, ainda se garante monitoramento em tempo real das movimentações. Além disso, há como realizar a integração com múltiplos meios de pagamento e marketplaces, entre outros pontos que facilitam a gestão.
Como resultado, as empresas conquistam um nível extra de controle em suas operações financeiras. Isso é fundamental para a confiabilidade, principalmente, diante de um cenário de fraudes cada vez mais sofisticadas.
Essas novidades devem representar um avanço no combate a fraudes e na construção de um ambiente financeiro mais seguro. Afinal, esse é um quesito básico quando se trata de um ambiente cada vez mais tecnológico.
Conhecer as mudanças do Pix é indispensável para empresas que desejam aproveitar os benefícios da ferramenta. Assim, fica mais fácil se manter em conformidade com o Bacen e prezar a segurança tanto do negócio quanto dos próprios clientes.
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