A tecnologia mudou o comportamento do consumidor. Mas não somente isso. As novas e cada vez mais práticas e acessíveis soluções digitais estão transformando também o mercado de meios de pagamento, principalmente no varejo, mostrando que inovar não é mais uma opção, mas sim necessidade.
A Indústria 4.0, conhecida também como Quarta Revolução Industrial, vem revolucionando a indústria e diversos outros setores da economia como transporte, agricultura, saúde etc. E um dos beneficiados pelas inúmeras inovações tecnológicas foi o segmento de meios de pagamento, que evoluiu exponencialmente nos últimos anos.
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Para termos uma ideia da evolução digital dos meios de pagamento no varejo, uma pesquisa da Mastercard revelou que 63% dos brasileiros realizam pagamentos por meios digitais em seus smartphones. Além disso, 90% dos entrevistados disseram estar dispostos a utilizar novas tecnologias de pagamentos no futuro.
Em 2017, pela primeira vez, as transações por cartão (crédito, débito ou pré-pago) superaram as movimentações com dinheiro físico. Os cartões chegaram a R$ 1,36 trilhão contra R$ 1,31 trilhão do dinheiro em papel. Os números foram levantados pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito).
A previsão é do IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos). Segundo o instituto, em 2030, cédulas e moedas deixarão de existir, e não serão mais uma forma de pagamento e recebimento. Você duvida? Bom, para alguns, pode ser difícil de acreditar, mas as pesquisas mostram a preferência cada vez maior do consumidor por soluções práticas, que facilitam a rotina.
No momento que você decide montar um negócio, entre outros pontos, é preciso definir quais meios de pagamento serão oferecidos, considerando o perfil do seu cliente para entregar a melhor experiência de compra possível. Apesar de estarem perdendo espaço, alguns métodos tradicionais de pagamento são obrigatórios no varejo. Confira:
Cartão: em 2016, haviam no Brasil aproximadamente 150 milhões de cartões de crédito (56% ativos) e 111 milhões de débito (31% ativos). Os números, levantados pelo Instituto Insper, mostram a relevância deste meio de pagamento. Hoje em dia, praticamente todas as lojas do varejo aceitam cartão, o que vem “aposentando” o dinheiro físico, por conta da segurança, praticidade e agilidade, tanto para o consumidor quanto para as lojas.
Boleto: para quem não tem cartão, o boleto continua sendo uma boa opção. O pagamento é feito à vista, mas o comerciante pode oferecer desconto para o cliente que pagar no prazo ou com antecedência. É um meio de pagamento barato para a empresa e prática para o cliente, que pode pagar em qualquer banco ou lotérica.
Débito automático: a opção ideal para quem assina um produto ou serviço, como se fosse uma mensalidade. É bom para o consumidor, que não se preocupa em fazer o pagamento todo mês, porque o débito é feito automaticamente em sua conta, e também para a empresa, que tem mais segurança no recebimento.
E claro, existem outros dois meios de pagamento, que você deve conhecer muito bem – ou não, dependendo da sua idade -, que são o dinheiro e o cheque. Muitos estabelecimentos já não aceitam mais cheque, mas todos devem aceitar cédulas e moedas, e se atentar ao fluxo de caixa e troco.
De 2014 a 2018, o número de clientes dos cinco maiores bancos do país caiu de 72,3% para 64,5%. Para acompanhar estas mudanças, as instituições bancárias tradicionais precisam inovar, bem como os comerciantes do varejo. E uma das maneiras de se adequar ao mercado cada vez mais competitivo, é acompanhar as tendências de meios de pagamento. Conheças as principais:
Mobile: o pagamento por dispositivos mobile já é um serviço oferecido pelos grandes bancos, e com o avanço das fintechs, tende a crescer cada vez mais, pela praticidade de realizar pagamentos, transferências e até empréstimos pelo celular, através de aplicativos leves e intuitivos.
QR Code: você já deve ter visto. É uma espécie de código de barras, em 2D, que pode ser escaneado diretamente pela câmera do celular, levando o usuário para a página de pagamento em algum site ou aplicativo previamente instalado no aparelho. É rápido, fácil e prático.
NFC: é a sigla para Near Field Communication, em português literal, seria Comunicação por Campo de Proximidade. É mais conhecido como pagamento por aproximação. Neste meio de pagamento, basta aproximar o celular, ou qualquer outro objeto que esteja cadastrado, à máquina de cartão/pagamento do estabelecimento. A distância de 10cm é o bastante para que a conexão seja feita e o pagamento realizado.
De acordo com dados da Visa Analytics & Consulting, o brasileiro usou 18 vezes mais a tecnologia de pagamentos por aproximação quando comparados os meses de dezembro de 2017 e 2018. Desde o final de 2018, o número de transações chega a 1 milhão por mês, em média.
Biometria: o leitor biométrico faz a leitura da impressão digital do cliente e pronto, o pagamento está feito. Simples assim. Talvez o meio de pagamento mais seguro, que ainda vai crescer muito no Brasil e no mundo.
Reconhecimento facial: falando em segurança, temos este meio de pagamento que está em fase de implantação no Brasil, mas já é usado em diversos países. Uma tecnologia que reconhece o rosto do cliente para realizar as transações. Incrível, né?
Criptomoeda: moeda digital, bitcoin, enfim, é dinheiro digital. Basta que o cliente tenha uma conta ou carteira digital para fazer suas movimentações online e realizar pagamentos em e-commerces, por exemplo, tudo muito rápido, prático e sobretudo, seguro.
Parece muito distante, mas, em breve, todas essas tecnologias estarão disponíveis no varejo brasileiro. E quem começar antes, sai ganhando. Portanto, vale a pena ficar atento às mudanças e inovações dos meios de pagamento para se manter competitivo no mercado.
Agradecemos a leitura. Até a próxima!