A gestão financeira e a contabilidade de uma empresa têm à sua disposição diversas ferramentas para analisar e compreender como está a saúde da organização. Um desses indicadores de desempenho é o demonstrativo de fluxo de caixa.
O documento permite verificar dados relevantes para investidores e gestores, já que ele oferece informações para análises aprofundadas e decisões estratégicas. Assim, vale a pena saber como o demonstrativo é feito e qual é a sua importância para a organização.
Quer entender melhor o que é o demonstrativo de fluxo de caixa? Continue com a leitura para descobrir como utilizá-lo de forma inteligente!
O fluxo de caixa é um conjunto de movimentações financeiras de uma empresa em um período específico. Os seus registros podem ser feitos a partir de sistemas, aplicativos ou planilhas.
Logo, o demonstrativo de fluxo de caixa (DFC) é um relatório feito pelo departamento de contabilidade, demonstrando o nível de saúde financeira da empresa. Nele, constam todas as entradas e saídas do caixa.
O demonstrativo é obrigatório, com respaldo da Lei nº 11.638/2007, para todas as companhias que negociam ações na bolsa de valores — ou seja, as de capital aberto. A medida visa promover transparência para os investidores.
Além delas, são obrigadas a fazer o DFC as empresas com mais de R$ 2 milhões de patrimônio declarado. Vale saber que o DFC aponta com detalhes a origem dos recursos financeiros e exibe a maneira como eles foram destinados dentro da empresa.
Por essa razão, para elaborá-lo, são utilizados dados de contas disponíveis e aplicações de liquidez imediata, por exemplo, entre outros rendimentos.
A ferramenta demonstra o desempenho econômico da companhia, com foco no fluxo de caixa e na liquidez. Assim, o relatório permite encontrar possíveis erros e fraudes no caixa, também sendo útil para que a gestão tome as providências necessárias nesses casos.
Como visto, o DFC tem todas as informações financeiras da companhia. Portanto, é relevante entender como estruturar o relatório para que os dados estejam completos e a análise seja feita de forma estratégica.
Conheça, a seguir, os três elementos que compõem o documento!
Essas atividades são referentes ao dinheiro gerado e utilizado nas principais operações de uma empresa. Aqui, são considerados os recebimentos de vendas, pagamentos de fornecedores, salários e impostos.
Já nas atividades de investimento constam os registros de patrimônios da companhia adquiridos a longo prazo, visando benefícios futuros. Logo, nessa seção estão apontados equipamentos, imóveis ou alternativas do mercado financeiro.
Serviços como empréstimos, emissão de ações e outras formas de captar recursos são registrados nas atividades de financiamento. Elas geralmente são necessárias quando o caixa está escasso, e é preciso recorrer ao capital de terceiros.
Agora que você sabe o que é o DFC e quais são os dados que constam no relatório, é hora de aprender como analisar o demonstrativo de fluxo de caixa e como utilizá-lo. Afinal, a ferramenta traz informações relevantes sobre os progressos e dificuldades de uma empresa.
A seguir, veja quais são as principais formas de usar o DFC na tomada de decisões financeiras!
A principal função desse tipo de relatório é informar como as receitas estão sendo alocadas e quais têm sido as despesas. Portanto, a análise dos dados oferece aos gestores um entendimento sobre a sustentabilidade financeira do negócio e a viabilidade de geração de lucros.
O documento indica ajustes necessários para que o equilíbrio financeiro seja viável. Isso pode ocorrer com recursos internos ou externos — ou seja, o DFC também orienta quando há necessidade de financiamentos.
Com as análises do demonstrativo de fluxo de caixa, a gestão também consegue ver com mais nitidez como é a movimentação de recursos ao longo do tempo. A prática permite projeções para prazos maiores, com entradas de dinheiro variadas.
Portanto, saber analisar o demonstrativo faz com que o planejamento estratégico seja adequado às necessidades da empresa em tempos de crise. Dessa maneira, as dificuldades para cumprir com suas obrigações financeiras podem ser previstas e minimizadas.
Assim como as previsões de fluxo de caixa, o DFC costuma auxiliar os gestores a comparar resultados de demonstrativos passados. A medida contribui para uma tomada de decisão mais precisa, baseada nos dados apresentados.
Dessa forma, ainda há como analisar as informações do capital de giro e vislumbrar maneiras estratégicas de gerir os recursos atuais da companhia. A prática é viável porque o documento também facilita a gestão de contas a receber e a pagar, além de prever demandas sazonais.
Ao conhecer as entradas e saídas, é mais simples entender como o dinheiro circula pelas operações e investimentos. Com isso, o planejamento financeiro para emergências, por exemplo, pode ser elaborado de modo mais contundente.
Então o documento auxilia na melhora do planejamento estratégico por permitir previsões mais certeiras diante da disponibilidade de recursos para operações e investimentos. Ademais, o relatório ajuda a monitorar o desempenho das atividades empresariais.
Por fim, o demonstrativo de fluxo de caixa é a principal fonte de informação para demonstrar a saúde financeira e transparência da companhia, como visto. Por essa razão, é comum que pessoas interessadas em investir em um negócio consultem o DFC antes de efetivar o aporte.
Os investidores também podem analisar como é a gestão dos recursos e a capacidade de pagamento a partir do relatório. Ainda, eles entendem os riscos atrelados à companhia e os desafios que serão enfrentados, bem como as potencialidades de lucros, caso o objetivo seja a compra de ações.
Neste artigo, você compreendeu o que é o demonstrativo de fluxo de caixa e conheceu os elementos que compõem o documento. Agora você pode usar o relatório para tomar decisões estratégicas na gestão da empresa, usando os dados presentes na análise do DFC.
Quer saber mais sobre formas de utilizar o caixa para tomar decisões estratégicas? Então saiba como calcular e interpretar o ciclo de caixa!