Do primeiro supermercado, criado em 1916, até o conceito de Omnichannel e Unified Commerce, ambos praticados hoje, muita coisa aconteceu. O varejo evoluiu. Em todos os períodos de transição que marcaram a história, a tecnologia sempre foi o principal fator de mudança, transformação, evolução.
Atualmente, o varejo que conhecemos (e preferimos) se destaca no segmento de e-commerce, com as lojas virtuais. As empresas continuam com suas lojas físicas, mas investem pesado no mundo virtual para apoiar suas vendas, e o consumidor, cada vez mais ocupado e com menos tempo, agradece.
O consumidor não precisa mais sair de casa para comprar os produtos que deseja. Basta acessar o e-commerce da marca escolhida ou o aplicativo da empresa, escolher o item, decidir entre as diversas opções de meios de pagamento e fazer o pedido. Pronto, em poucos dias, a entrega chega no endereço informado.
Tudo isso de forma simples, rápida e prática. Mas, nem sempre foi assim. Que tal voltarmos no tempo, brevemente, para que você saiba como se deu a evolução do varejo? Será bem bacana! Vamos nessa?
Leia também: Cartão x boleto: prós e contras dos principais meios de pagamento do e-commerce
Até o início do século 19, o varejo como conhecemos hoje ainda não existia. Não era possível escolher os produtos nas lojas, os consumidores precisavam solicitar aos vendedores ou atendentes. Os itens ficavam atrás do balcão, ou em um depósito. Mas essa história mudou.
O conceito de varejo nasceu em 1916, quando Clarence Saunders, fundador da distribuidora Piggly Wiggly, abriu o primeiro supermercado da marca, em Memphis, Tennessee (EUA). A proposta de Saunders foi criar uma loja com prateleiras onde os clientes pudessem escolher livremente os produtos desejados, com autonomia, sem a interferência do vendedor/atendente. Ele patenteou a ideia e, em 1932, no seu auge, a Piggly Wiggly tinha 2.660 lojas nos Estados Unidos.
Do supermercado para o hipermercado. Em 1962, o Walmart abriu sua primeira loja para “vender de tudo”, no Arkansas (EUA). Na época, o modelo era chamado de super center. Um ano depois, surge o Carrefour, seguindo a mesma ideia do seu concorrente. Os hipermercados são hoje um sucesso absoluto e não param de crescer e expandir seu portfólio de produtos. Exemplos genuinamente brasileiros são Magazine Luiza e Casas Bahia.
E-commerce! A era do comércio eletrônico, das lojas virtuais, começa em meados dos anos 90, com destaque para a Amazon, que começou vendendo livros pela internet e hoje é um dos maiores sites de varejo online do mundo, sendo uma das três empresas mais valiosas do planeta.
Chegamos no período atual, século XXI. Em pleno 2019, o conceito de Omnichannel não é mais uma novidade. A fusão do mundo físico com o digital no varejo é quase que uma obrigatoriedade. O consumidor 4.0 preza cada vez mais pela experiência de compra, ele decide se vai comprar no e-commerce e retirar na loja física, ou o contrário. Ele também escolhe o canal (loja virtual, aplicativo), o dispositivo (smartphone, pc, notebook, tablet etc) e os meios de pagamento (cartão, boleto etc). O varejo atual é isso: foco total no cliente.
Leia mais: Os desafios de lidar com múltiplos meios de pagamento
A evolução do varejo nos trouxe à era da multicanalidade, mas também de um conceito novo, pouco conhecido, mas que ainda vai dar muito o que falar. Estamos nos referindo ao Unified Commerce. Confira a seguir a definição de cada uma dessas práticas e as diferenças entre elas!
O termo omnichannel significa multicanal. Refere-se à integração de todos os canais utilizados por uma empresa, com o objetivo de proporcionar a melhor experiência do cliente tanto online quanto offline, de forma que não haja diferenciação ou exclusividade entre os dois. O virtual e o físico não se confundem, pelo contrário, se complementam para que o consumidor escolha uma das diversas opções e faça a compra como quiser.
No Unified Commerce (Comércio Unificado), as empresas adotam uma única plataforma para gerenciar toda a comunicação com os consumidores. O Unified Commerce centraliza todos os seus canais de atendimento em um só.
Os conceitos são bastante parecidos, porém, têm diferenças entre si. O Omnichannel diz respeito à multicanalidade, são vários os canais de comunicação, marketing e vendas utilizados pelas empresas para impactar o consumidor. Já o Unified Commerce reúne tudo em um único canal, uma única plataforma, onde o cliente pode se comunicar, ver promoções e fazer compras, sem precisar “navegar” entre diversos canais.
Ou seja, no Omnichannel temos diversos canais, autônomos, interligados sim, mas gerenciados separadamente. No Unified Commerce temos um único sistema, que unifica todas as ações.
Ficou claro? Você entendeu o que são os dois conceitos e suas diferenças? Esperamos que sim. Agora, deve estar se perguntando: “Qual a melhor opção? Qual será o futuro do varejo?” Bom, podemos dizer que ambos são o presente do varejo, está acontecendo.
A tendência, contudo, é que o Unified Commerce se consolide cada vez mais. Os dois modelos otimizam a experiência de compra do consumidor e dão mais agilidade, comodidade e simplicidade ao processo. Porém, a ideia de ter tudo em um único lugar faz brilhar os olhos do consumidor moderno.
É isso! Chegamos ao fim deste artigo. Esperamos que tenha gostado de saber mais sobre a evolução do varejo, os conceitos de Omnichannel e Unified Commerce, suas diferenças e particularidades. Nos vemos em breve. Até a próxima!