Transações financeiras são procedimentos em que há a troca de recursos entre pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas. Ao longo de um mês, uma empresa realiza centenas, se não milhares de operações desse tipo, obviamente, dependendo do seu tamanho e do fluxo de movimentações.
Ocorre que, mesmo sendo algo extremamente comum e corriqueiro, algumas pessoas ainda não sabem quais são os principais tipos de transações financeiras que mais encontramos em nosso cotidiano nas empresas. Isso limita muito a vida das pessoas e empreendimentos, afinal, existem opções específicas para cada necessidade.
Neste artigo mostramos a você os principais procedimentos que são realizados no dia a dia, bem como as principais vantagens que ele pode proporcionar e quando utilizar cada opção. Confira!
Um das transações financeiras mais simples que existem é a troca de moeda em espécie, que, basicamente, significa que uma transação foi realizada com dinheiro. Antigamente, esse tipo de operação era muito comum entre as empresas e pessoas naturais.
Entretanto, com o grande avanço tecnológico que presenciamos nos últimos anos, as transações financeiras em dinheiro reduziram muito. Isso porque, atualmente, muitas podem ser realizadas por meio da tecnologia, utilizando cartões ou acessos às contas bancárias online.
Afinal, as transações financeiras realizadas por meio de canais online proporcionam mais velocidade, praticidade e, principalmente, segurança, tanto para aquele que paga quanto o que recebe pelos valores. Mais a frente, ainda neste artigo, discorreremos um pouco mais sobre algumas dessas transações que utilizam a tecnologia.
Esses avanços contribuíram para que as pessoas passassem a andar menos com dinheiro vivo e, consequentemente, reduziu o número de transações financeiras com moeda. Isso se deu, principalmente, após a sociedade perceber que o nível de segurança das operações virtuais é consideravelmente maior que andar por aí com dinheiro em mãos.
Apesar de pouco utilizada e ser de baixo nível de segurança, as operações financeiras em espécie podem ser interessantes para realizar transações muito específicas que necessitam do dinheiro vivo.
Uma dessas vantagens é quando uma pessoa ou empresa precisa pagar por algum bem ou serviço em um estabelecimento que não comporta maquininhas de cartão de crédito ou débito. Por mais que o mundo tenha evoluído muito, acredite, ainda existem pessoas que preferem utilizar os antigos meios de fazer negócios.
Além disso, as transações em espécie também são imediatas, o que não ocorre em algumas alternativas realizadas em meio online, em que existe um tempo para que os valores saiam da conta de origem e sejam creditadas na conta de destino.
Outra vantagem exclusiva desse tipo de operação financeira é o fato de não existirem taxas de serviço, tendo em vista que não necessita da intervenção de bancos ou agentes financeiros.
Ainda sobre as transações em dinheiro, no ano de 2017 a Receita Federal do Brasil criou uma obrigação acessória para todas as empresas e pessoas que realizarem movimentações financeiras em espécie com valores superiores a R$ 30.000,00.
Ela foi denominada de Declaração de Operações Líquidas com Moeda corrente, ou apenas DME. O objetivo dessa obrigação é rastrear possíveis golpes que são frequentemente realizados por pessoas mal intencionadas em nosso país.
Sendo assim, caso seja necessário realizar qualquer tipo de movimentação financeira em espécie com valores superiores a R$ 30.000,00 será necessário enviar a declaração para a Receita Federal por meio de um sistema próprio disponibilizado em seu site.
Caso isso não seja feito no prazo correto, a pessoa ou empresa poderá sofrer consequências graves que podem gerar a ocorrência de multas e sanções administrativas e bloqueios de certidões de regularidade fiscal por parte do órgão.
As transações financeiras com cartões estão em alta. Atualmente, a maioria dos estabelecimentos estão aceitando como método de pagamento as mais variadas bandeiras que atuam no mercado brasileiro.
Isso se deu principalmente pelo fato de os bancos terem facilitado o acesso às maquinetas de cartões para empresas pequenas. Algumas podem ser conectadas ao telefone celular e, utilizando a internet do dispositivo, são capazes de receber pagamentos instantaneamente.
Isso é muito vantajoso para o cliente, que tem a oportunidade de escolher o método de pagamento, mas principalmente é benéfico para as empresas, que poderão aumentar o leque de opções para receber de seus clientes.
Existem duas possibilidades de utilização de cartões: na função crédito, que ocorre quando o portador tem um limite pré-aprovado para gastar; ou na função débito, a qual é aceita apenas quando existe saldo na conta corrente do comprador.
Efetuar recebimento de compras por meio de cartão de crédito vem se tornando algo obrigatório para as empresas que querem crescer e se destacar em meio à concorrência cada vez mais competitiva.
Isso porque as pessoas estão começando a preferir realizar seus pagamentos sem ter que ficar carregando dinheiro em seus bolsos ou carteiras. Sendo assim, o cartão de crédito surge como um grande diferencial para o seu negócio.
Ao oferecer a possibilidade do pagamento com cartões, você abre um leque de oportunidades e possibilidades de obtenção de novos clientes que podem voltar ao seu estabelecimento inúmeras vezes.
Em relação às taxas, esse é um assunto que gera muita confusão na cabeça dos empresários e, até mesmo, dos clientes. Isso porque existem casos em que as taxas são cobradas em operações de pagamento na modalidade débito.
Sendo assim, é importante que você avalie bem os tipos de cobrança de cada ferramenta de utilização de cartões existente no mercado. Assim, é possível oferecer essa possibilidade aos seus clientes, sem ter que cobrar mais para suprir o valor pago com taxas.
As transferências bancárias também são muito comuns, geralmente, elas são realizadas entre pessoas físicas ou jurídicas e são muito utilizadas para efetuar pagamentos que não estão vinculados aos boletos ou duplicatas, que veremos mais adiante.
Esse tipo de transação pode ser feita de três formas: a primeira, e mais comum, é aquela efetuada entre clientes de um mesmo banco; as outras duas são mais complexas e dedicaremos tópicos exclusivos para cada uma delas. Veja!
A principal vantagem da transferência bancária é a segurança desse tipo de transação. Isso porque pode ser realizada em ambiente online ou utilizando o caixa eletrônico da agência bancária, sem que seja movimentado valores em espécies.
Além disso, nesse tipo de transação, geralmente não haverá a cobrança de taxas, exceto, quando a conta de destino for de um banco diferente da de origem. Nesses casos em especial, deverá ser utilizada uma das opções mencionadas nos próximos dois tópicos.
O DOC é uma transação financeira utilizada para transferir dinheiro entre clientes de bancos diferentes. Geralmente, esse tipo de procedimento demora, no mínimo, um dia útil para ser processado e para que o valor seja creditado na conta do favorecido.
Um detalhe importante a ser observado é que existe um limite para a emissão do DOC. Independentemente do volume das suas transações bancárias, esse procedimento nunca poderá ser maior que R$ 5.000,00 por dia.
Além disso, ele é aceito apenas até as 21:59h. Caso uma pessoa efetue um DOC após esse horário, a data da emissão será considerada a do dia útil seguinte. Também é importante mencionar que não é possível emitir um Documento de Ordem de Crédito para uma conta poupança, diferentemente da transferência comum, em que esse tipo de operação é permitida.
O valor transferido por meio de DOC é creditado na conta do emitente instantaneamente, porém, é debitado para o destinatário apenas no próximo dia útil subsequente à sua emissão. Porém, como você já sabe, dependo do horário que ele é emitido, é possível que demore mais um dia para ocorrer o débito.
Na contramão do DOC, temos a Transferência Eletrônica Disponível, que tem como objetivo transferir valores entre titulares de bancos distintos. Diferentemente do exemplo anterior, nesse caso, não haverá limites, a menos que a sua conta os determine.
Entretanto, até 2015 só era permitido emitir um TED com valores superiores a R$ 250,00. Porém, a partir de janeiro de 2016 esse limite mínimo foi excluído, passando a comportar transferências com valores mínimos.
O TED, quando realizado até as 17 horas do dia corrente, pode entrar na conta do favorecido em apenas alguns minutos, diferentemente do DOC, que entra apenas no dia útil subsequente.
O valor não varia muito entre os documentos, portanto, caso precise utilizar esse tipo de operação financeira, é altamente recomendado que você evite realizar várias transferências para o mesmo cliente no mesmo dia, pois a cada nova emissão, independentemente do valor, será cobrada a taxa.
Independentemente do meio escolhido, é importante que você tenha em mente uma informação extremamente relevante: ambos, TED e DOC, têm taxas quando são compensadas.
Outro detalhe que precisa ficar bem elucidado é que, tanto o DOC quanto o TED, após emitidos, não poderão ser cancelados. Portanto, preencha os documentos com atenção e confira todos os dados antes de confirmar a operação.
As transações financeiras por boletos também são muito comuns no dia a dia das empresas e das pessoas físicas em geral. Por meio deles, é possível realizar pagamentos de compras de produtos ou serviços, mensalidades, acordos, entre outros.
Recentemente, o Banco Central do Brasil alterou uma série de normas quanto à emissão de boletos, a mais marcante foi a exigência do boleto registrado, que era facultativa para alguns tipos de operações.
A principal vantagem dos boletos é o fato deles serem um título que, caso não seja pago, poderá ser executado na justiça. Além disso, eles são uma excelente forma de controlar melhor os recebimentos que sua empresa obteve em um período.
Assim como outros meios de receber valores, as transações com boletos também podem gerar um custo para a empresa. Esses valores podem variar muito de acordo com a instituição bancária, bem como o tipo de serviço que você contratou.
O Voucher é um termo em inglês que significa crédito, garantia ou comprovante. Basicamente, é um título que tem um determinado valor monetário, entretanto, ele só poderá ser gasto em razões específicas ou para aquisição de determinados produtos ou serviços.
Trata-se de uma transação financeira presente há bastante tempo no Brasil, porém, recentemente, a utilização do Voucher ficou mais presente no dia a dia das empresas, possibilitando que elas realizem compras por meio desse instrumento financeiro.
As duplicatas são instrumentos de crédito em que o sacado se compromete a realizar um pagamento, na data prescrita no documento, ao emissor do título. No entanto, muitas pessoas confundem as duplicatas com os boletos, mas a verdade é que seus conceitos são bem distintos.
Existe uma diferença crucial entre as duas modalidades. Um boleto é apenas um documento utilizado para realizar uma cobrança e que pode ser cancelado, caso o pagamento não seja realizado. Dessa forma, o produto ou serviço adquirido não é transmitido ao comprador.
A duplicata, por sua vez, é um título de crédito previsto no Código Civil Brasileiro e, caso não seja devidamente quitada, pode ser apresentada judicialmente para que o devedor seja cobrado. Portanto, ao assinar uma duplicata, o sacado é juridicamente obrigado a realizar o pagamento, sob pena de sofrer sanções jurídicas.
Agora que você sabe quais são os principais tipos de transações financeiras realizadas atualmente, vamos mostrar um dado muito interessante. Como mencionamos, o brasileiro tem evitado realizar transações em espécie e tem preferido fazer uso dos meios online.
Isso ficou muito bem elucidado na última pesquisa de tecnologia bancária realizada pela FEBRAN, que utilizou como base o ano de 2017. O levantamento apontou que foram realizados 889 milhões de pagamentos utilizando a internet, especificamente, dispositivos móveis. Um aumento de 85% se compararmos com o ano de 2016.
Além disso, operações como DOC, TED e transferências totalizaram 312 milhões entre dispositivos móveis e computadores. Com isso, podemos perceber que a realidade das transações financeiras é digital e que a tendência disso é crescer ainda mais.
Portanto, agora que você conhece quais são os principais tipos de transações financeiras que a sua empresa pode explorar, escolha aquela que mais se adapta à necessidade e, principalmente, à realidade do seu negócio.
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