Você sabe o que muda para as empresas com a Reforma Tributária? A informação é importante, já que as regras foram criadas com o objetivo de trazer simplicidade e eficiência ao sistema fiscal brasileiro, reduzindo a burocracia e gerando um ambiente de negócios mais competitivo.

Entretanto, a implementação das mudanças exige atenção das empresas para garantir a conformidade com a legislação. A razão é que elas têm previsão de aplicação gradual na economia, o que demanda alinhamento do seu planejamento estratégico.

Quer saber mais? Este artigo apresenta as principais mudanças previstas pela Reforma Tributária para 2025 e como elas impactam o dia a dia corporativo. Continue a leitura!

O que é a Reforma Tributária?

A Reforma Tributária, como o nome sugere, representa uma mudança no sistema brasileiro de tributação. A pauta foi discutida por mais de 40 anos no Brasil, mas a aprovação do conteúdo aconteceu apenas no final de 2023, com regulamentação em janeiro de 2025.

Um dos pontos centrais da reforma é a simplificação do sistema tributário, como visto. Para isso, ela prevê a unificação de tributos para compor o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que é dual.

São eles:

• Programa de Integração Social (PIS);
• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);
• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
• Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
• Imposto Sobre Serviços (ISS).

Os três primeiros, de natureza federal, são unificados na Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Já ICMS e ISS, que são estaduais e municipais, respectivamente, se tornam o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

Como funciona

O IVA deve incidir sobre o consumo de bens e serviços, a ser cobrado em todas as etapas de produção, distribuição e comercialização. Desse modo, em vez de alíquotas específicas, a base de cálculo ocorre conforme cada etapa da cadeia produtiva.

Outra mudança prevista na Reforma Tributária é a cobrança dos impostos. Eles deixam de ser de responsabilidade do local de origem e passam a ser do destino — onde será o consumo. A ideia é que as alíquotas sejam ajustadas, respeitando um teto.

Você também viu que as mudanças seriam progressivas, acontecendo entre 2026 e 2033. Depois, seriam criados novos projetos para adequar a distribuição da arrecadação, já que, com impostos cobrados no local de consumo, áreas mais consumidoras se beneficiariam.

Além disso, a Reforma Tributária prevê um Imposto Seletivo (IS), popularmente conhecido como o imposto do pecado. O plano é ele ser aplicado sobre mercadorias como bebidas alcoólicas, cigarros, armas ou produtos que ofereçam risco ambiental, pelo interesse em desestimular o consumo.

O que muda com a Reforma Tributária para a rotina das empresas?

A gestão fiscal é um dos aspectos mais importantes na rotina operacional de uma empresa. Afinal, garantir alinhamento com as regulamentações é indispensável para ter segurança jurídica e minimizar riscos no futuro.

Nesse sentido, é preciso saber como a Reforma Tributária muda o cotidiano de uma empresa. Como você viu, a unificação dos impostos tinha previsão de acontecer de forma gradual a partir de 2026.

Então, embora a ideia seja a simplificação da carga tributária, até 2033 é possível que as empresas tenham de adaptar seus sistemas para atender a ambos os modelos de tributação.

Outro ponto de atenção é a questão do imposto em cascata. No sistema vigente antes da reforma, os tributos são cobrados sobre outros ao longo da cadeia produtiva. Como muitas alíquotas são tabeladas, os custos podem ser significativos.

Por outro lado, o novo modelo elimina esse problema ao adotar o crédito financeiro. Assim, com os créditos compensatórios, uma empresa pode minimizar seus custos operacionais e de produção.

Entretanto, negócios que atuam em setores com cadeias menores ou na área de serviços podem encontrar desafios. Isso acontece porque a ausência desses créditos compensatórios tem chances de aumentar a sua carga tributária.

Ainda, a unificação dos impostos e a mudança para a cobrança no consumo — em vez do local de produção — são fatores que podem gerar alterações em incentivos fiscais regionais. Empresas que aproveitam esses benefícios devem se adaptar para manter a competitividade.

Por fim, apesar das diretrizes gerais, muitos detalhes ainda dependiam de regulamentação e negociação nas esferas públicas. No decorrer dos anos, conforme as novas regras entram em vigor, empresas podem enfrentar dificuldades devido à falta de clareza durante o período.

Como preparar a empresa em 2025?

Apesar de as mudanças práticas da Reforma Tributária, como a unificação de impostos, estarem previstas para começar apenas em 2026, 2025 é um ano estratégico para as empresas. O motivo é que esse é um período de adaptação, como você viu.

Portanto, veja as principais boas práticas para adotar!

Acompanhar e monitorar mudanças setoriais

Primeiramente, é necessário entender melhor os detalhes da nova Reforma Tributária e acompanhar eventuais mudanças. Mesmo com a aprovação do texto, é possível que existam alterações.

Elas podem acontecer, por exemplo, no cronograma de implementação — o que tende a dar mais tempo de adaptação. Em meio ao período de testes, alíquotas também podem ser revistas pensando em beneficiar setores.

Revisar processos internos

Outra estratégia para 2025 é fazer a revisão dos processos da empresa. Realizar um diagnóstico completo das operações fiscais e contábeis é importante para identificar os ajustes necessários à transição para o novo sistema tributário.

Vale a pena aproveitar o ano para treinar colaboradores das áreas fiscal, contábil e jurídica para compreender as novas regras e iniciar as adaptações ao sistema. Se precisar, contrate consultorias especializadas para ter suporte no período.

Investir em novas tecnologias

Invista em novas tecnologias para sua gestão financeira. Como você viu, ao longo de 2026 e 2033 está prevista a transição gradual para o novo sistema tributário. Consequentemente, o cenário pode se tornar um desafio financeiro e contábil para a rotina e o planejamento estratégico.

Nessa situação, uma possibilidade é adotar softwares que permitam a automatização da rotina financeira e sejam gradualmente atualizados para os novos padrões. Isso reduz as chances de erros e garante mais eficiência na operação.

Neste conteúdo, você entendeu mais sobre o que muda com a Reforma Tributária e como preparar a empresa já em 2025. Com esse conhecimento, você está mais preparado para manter a operação competitiva no futuro.

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