Reforma Tributária 2026: veja como preparar sua empresa!

23 outubro 2025

A Reforma Tributária 2026 foi aprovada por meio da Emenda Constitucional 132/2023. Ela marca uma transição importante no modelo fiscal brasileiro. A proposta é unificar os tributos sobre consumo em novos impostos, com extinção gradual daqueles vigentes.

Embora o regime deva se consolidar só em 2033, o ano de 2026 deve dar início a ele. Então é fundamental as empresas se anteciparem para se ajustarem a essa novidade. Para tanto, é preciso conhecer os principais pontos desse novo modelo de tributação e implementar estratégias de adequação.

Neste conteúdo, você verá como as mudanças internas podem ser realizadas. Continue lendo e confira como preparar o negócio para as alterações previstas na Reforma Tributária 2026!

Quais mudanças estão previstas na Reforma Tributária 2026?

A Reforma Tributária 2026 estabelece dois novos impostos principais:

Eles substituirão gradualmente os seguintes tributos:

A mudança ainda prevê a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a maior parte dos itens. Complementando, o Imposto Seletivo incidirá sobre bens e serviços nocivos à saúde e ao meio ambiente.

Em 2026, a transição começa a ser sentida. As empresas devem destacar nas notas fiscais os valores que corresponderiam aos novos tributos, mas sem recolhimento. Trata-se de um ano de teste para preparar sistemas e processos.

A Receita Federal também avança na construção de uma nova plataforma digital. O sistema centraliza a apuração e o recolhimento de impostos e traz recursos para facilitar a comunicação, o cálculo e a distribuição dos tributos.

Durante essa fase inicial, a fiscalização tem caráter pedagógico. Os erros podem ser corrigidos dentro de prazos estabelecidos, reduzindo riscos imediatos de autuação.

Quais são os possíveis impactos da Reforma Tributária?

O impacto da transição tende a ser diferente entre setores da economia. O segmento de serviços, por exemplo, sofre ajustes significativos, já que o ISS será absorvido pelo IBS e algumas empresas correm o risco de perder benefícios fiscais concedidos por municípios.

No setor financeiro, a tributação combinada de operações como crédito, câmbio e seguros passa a obedecer às novas regras. Isso exige a revisão de processos contábeis e contratuais.

Para o varejo, a uniformização do IBS tende a reduzir disparidades regionais e enfraquecer a guerra fiscal entre estados. Ao mesmo tempo, é necessária a adaptação das operações entre empresa e consumidor (B2C) para regimes simplificados.

Já a indústria deve se beneficiar do modelo não cumulativo. Afinal, existe a possibilidade de crédito integral dos tributos pagos em cada etapa da cadeia produtiva. Esse novo mecanismo pode representar ganho de eficiência. Porém, ele tende a demandar maior controle sobre insumos, margens e logística.

Como as empresas podem se preparar para a Reforma Tributária 2026?

Perceba que 2026 deve ser um ano de aprendizado. Portanto, o modo como cada empresa se organizar nesse período ditará sua capacidade de adaptação ao modelo. Por essa razão, a antecipação às mudanças é fundamental para um bom planejamento e a adequação do negócio.

Confira algumas boas práticas para se preparar!

Realizar um diagnóstico tributário

O primeiro passo para lidar com a Reforma Tributária 2026 é realizar um diagnóstico detalhado da realidade fiscal da empresa. Esse mapeamento deve contemplar os tributos vigentes, considerando a operação por unidade de negócio, produto e localidade.

A partir daí, é essencial estimar o impacto da migração para os novos tributos, simulando cenários com diferentes alíquotas. Também avalie regimes especiais, benefícios estaduais e incentivos municipais, já que talvez alguns percam validade ou exijam negociações.

Revisar e adaptar sistemas e controles

A adequação tecnológica tende a ser um dos desafios da mudança. As empresas precisam antecipar a integração dos sistemas à nova plataforma da Receita Federal e ao módulo de split payment (separação automática dos tributos na hora em que o pagamento é realizado).

Isso significa revisar sistemas ERP (Enterprise Resource Planning), fiscais e emissores de notas. O intuito é garantir que eles estejam preparados para lidar com contingências e novas exigências operacionais.

Planejar caixa e provisões

A transição da Reforma Tributária 2026 requer um olhar atento sobre o fluxo de caixa. É válido preparar provisões para eventuais ajustes, multas ou refações de obrigações acessórias. O motivo é que é possível que esses fatores surjam no período de aprendizado.

Considere revisar projeções financeiras, levando em conta mudanças nos créditos tributários, estornos ou reversões que possam impactar a liquidez. Os contratos de longo prazo merecem atenção especial. Cláusulas tributárias e penalidades podem exigir renegociação para evitar desequilíbrios futuros.

Reforçar governança e compliance tributário

A criação de comitês internos ou células multidisciplinares ajuda a acelerar a adaptação, além de garantir que decisões sejam tomadas com mais segurança. Há chance de eles envolverem as áreas fiscal, contábil, jurídica e de tecnologia.

Nesse processo, revisar as políticas de compliance e os controles internos é interessante para reduzir riscos de classificação incorreta ou omissões. Ainda, cabe fazer auditorias internas para validar as notas fiscais testadas sob o novo modelo tributário.

Investir em capacitação e comunicação interna

Investir no treinamento do time permite que os colaboradores compreendam os novos conceitos e exigências que vêm com a Reforma Tributária 2026 e entendam como ela funciona.

Em paralelo, é importante fortalecer a comunicação interna. Com isso, diretores, controladoria e operações ficam alinhados sobre os impactos esperados e os ajustes necessários. Assim, a empresa cria uma base sólida de conhecimento e evita o comprometimento da adaptação ao novo regime.

Monitorar e atuar estrategicamente

A Reforma Tributária será detalhada ao longo dos próximos anos. Então acompanhar esse processo é indispensável. Projetos de regulamentação e possíveis emendas que alterem o modelo inicial precisam estar no foco dos empreendimentos.

Participar de fóruns empresariais e conselhos tributários é uma oportunidade de influenciar ajustes regulatórios e defender interesses. Os negócios também podem se preparar para novas disputas tributárias, que podem surgir da interpretação e aplicação das regras.

Usar dados confiáveis para a tomada de decisão

A gestão tributária na era de novos impostos depende da qualidade dos dados disponíveis. Logo, é essencial contar com soluções especializadas em conciliação financeira, como a plataforma da Equals.

Ter esse cuidado ajuda a dar mais precisão às auditorias e assegura conformidade nos novos processos fiscais. Com dados consistentes e integrados, os gestores ampliam a visibilidade sobre os riscos. Desse modo, eles conseguem simular cenários e tomar decisões estratégicas em tempo real.

A Reforma Tributária 2026 transforma a tributação sobre consumo no Brasil. Em vez de esperar para agir, as empresas podem começar a se preparar por meio de boas práticas e estratégias. Nesse contexto, operar com dados confiáveis é uma vantagem competitiva para promover compliance, eficiência e segurança no novo regime fiscal.

O conhecimento é indispensável para enfrentar momentos como esse. Então aproveite para aprender sobre ciclos econômicos e descobrir por que as empresas devem atentar a eles!

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