Aumento das taxas de operadoras de cartão nas compras parceladas

24 junho 2016
O cenário de incertezas na economia tem levado as operadoras de cartões a privilegiarem as compras realizadas com pagamento no ato.

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O atual cenário de incertezas na economia brasileira tem influenciado diretamente o comportamento das operadoras de cartões de crédito, que passaram a adotar estratégias mais conservadoras. Uma das principais mudanças observadas é a priorização das transações realizadas com pagamento no ato, ou seja, aquelas feitas à vista. Esse movimento tem como objetivo reduzir riscos e garantir maior previsibilidade no fluxo de caixa das operadoras.

Em outras palavras, o valor pago pelos lojistas às operadoras de cartões, referente à utilização dos serviços de processamento de transações, passou por uma variação que revela uma tendência clara: os custos estão se ajustando de forma a favorecer os pagamentos à vista, em detrimento das compras parceladas.

Analisando os números, vemos que o custo financeiro das vendas à vista apresentou uma leve queda, passando de 1,46% em 2015 para 1,38% em 2016. Essa redução representa uma variação de aproximadamente 6% na taxa cobrada pelas operadoras dos lojistas — uma boa notícia para quem recebe no ato da venda.

Por outro lado, quando observamos as compras parceladas, o cenário é o oposto. As vendas divididas em dez vezes, por exemplo, tiveram um aumento na taxa, passando de 2,30% no ano anterior para 2,35% em 2016. Já nas transações parceladas em onze vezes, o custo subiu de 2,25% para 2,47%, representando uma variação de 9,69%. Esses números já indicam uma maior cautela das operadoras em relação ao crédito a prazo.

O aumento mais expressivo, no entanto, foi registrado nas compras parceladas em doze vezes. Em 2015, a taxa era de 2,28%, enquanto em 2016 chegou a 2,46%, o que corresponde a uma variação significativa de 13,05%. Esses dados, fornecidos pela Equals — empresa especializada em gestão financeira e conciliação de pagamentos —, reforçam a mudança de postura das operadoras diante do ambiente econômico incerto.

Essa reestruturação faz sentido quando consideramos que, na prática, são as próprias operadoras de cartão que financiam as compras parceladas. Em um contexto de instabilidade e riscos elevados, elas preferem não comprometer seus recursos em operações longas, cujo retorno pode ser incerto. A palavra de ordem, portanto, é segurança. Afinal, quando o clima está tenso, o fiado fica mesmo pra amanhã.

Fonte: Veja.com

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