O setor bancário sempre foi o responsável pelo monopólio na operação de serviços financeiros, porém, com o advento da transformação digital, esse cenário passou por mudanças rápidas.
Uma delas foi o surgimento do Open Banking, que cria essencialmente um ecossistema de compartilhamento de dados que pode revolucionar o mercado atual.
O sistema bancário aberto já foi adotado por muitos países da Europa. Inclusive, a União Europeia já apoia a regulamentação, por meio da Diretiva de Serviços de Pagamento Revisada (PSD2) criada em janeiro de 2018.
O PSD2 será um ponto de virada para o setor bancário, pois os países da UE serão obrigados a incorporar o PSD2 no plano nacional e exigir que os bancos a publiquem suas interfaces de programação de aplicativos (APIs).
Uma pesquisa feita pelo Financial Market Development (WEF/FMI), revelou que o acesso à serviços financeiros no Brasil é um dos itens com a pior avaliação durante a análise do cenário atual.
A boa notícia é que o sistema bancário aberto também está chegando ao Brasil e pode reverter essa situação.
Em resumo, o Open Banking equilibra a situação e dá chances semelhantes de negócio tanto para grandes brancos quanto para pequenas fintechs. Esse “equilíbrio” estabelecerá a referência para o restante do setor globalmente.
De fato, muitos bancos e cooperativas de crédito já começaram a investir nessa tecnologia. A própria Equals também já está seguindo a tendência.
O principal objetivo do PSD2 é garantir a máxima transparência e segurança, incentivando a concorrência no setor financeiro.
Como resultado, a qualidade dos serviços financeiros melhorará e as taxas tendem a diminuir. Os dados financeiros dos consumidores serão liberados do monopólio dos bancos e finalmente se tornarão propriedade dos clientes, que terão acesso aberto a eles à vontade.
A seguir, estão alguns dos principais motivos pelos quais o Open Banking vai revolucionar o mercado financeiro.
O Open Banking permitirá que os pagamentos se tornem quase instantâneos, já que os Provedores de Serviços de Iniciação de Pagamento (PISP) – empresas que iniciam transações de pagamento usando conexões de API bancárias – poderão integrar todos os pagamentos em uma interface digital.
Isso significa que o ato de pagar contas, mercadorias ou transferir dinheiro poderá ser tão rápido quanto enviar uma mensagem de texto.
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Por enquanto, a liberação dos dados dos usuários a terceiros ainda não está totalmente regulamentada, mas o Open Banking tem a capacidade de mudar isso.
Com acesso aprovado às APIs dos bancos, os desenvolvedores de aplicativos de terceiros não precisam mais confiar na prática arriscada de “captura de tela” e provavelmente serão obrigados a licenciar suas operações com os reguladores, além de atender a uma série de outros padrões de segurança.
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À medida que o Open Banking e a Inteligência Artificial (IA) convergem, a experiência do usuário será transformada digitalmente.
Os dados serão transmitidos de várias fontes, permitindo que os provedores de serviços aprimorem o entendimento sobre o que um consumidor precisa, a qualquer momento. Em essência, os bancos e outras instituições financeiras poderão criar um perfil de cada cliente, prever seus padrões e comportamentos, podendo criar produtos personalizados com mais eficiência.
Os usuários também poderão desfrutar de uma integração mais rápida, pois não precisarão mais fornecer autenticação em vários provedores.
Com tantas barreiras à entrada removidas, podemos esperar que a concorrência no mercado aumente consideravelmente – e isso abrirá para um novo cenário de produtos e serviços disponíveis para os consumidores.
O Open Banking causará o rápido crescimento de serviços financeiros, levando a experiência do usuário para o próximo nível. Muitos procedimentos se tornarão simples e automatizados.
Com acesso às APIs bancárias, as empresas poderão oferecer aos usuários oportunidades para melhorar suas vidas financeiras. É o momento de revisar o fluxo do usuário existente e redesenhar o serviço real, para eliminar o atrito, tornando-o valioso para os clientes.
Atualmente, os bancos têm uma infraestrutura e uma base de clientes, mas são sobrecarregados por um legado de pensamento centrado no produto.
A maioria das soluções bancárias está desatualizada e as interfaces não são intuitivas.
Diferentemente dos bancos, as fintechs criam soluções modernas, centradas no cliente, mas, por vezes, não têm recursos suficientes para trazê-las ao mercado.
Com o Open Banking, os desenvolvedores terão acesso a sistemas bancários e dados de clientes, permitindo assim aos usuários finais utilizar interfaces que não pertencem ao seu banco principal.
Existe um consenso crescente entre os observadores do setor de que, embora a transformação inicial do setor bancário possa ser uma expansão de provedores que oferecem novas alternativas aos serviços existentes, a transformação final pode ser muito maior.
No futuro, os serviços financeiros poderão ser considerados apenas um pequeno componente de um ecossistema muito mais amplo.
Estamos falando de um ambiente que daria aos consumidores acesso a serviços altamente personalizados que aproveitam os dados dos clientes, disponibilizados por meio do Open Banking e APIs.
Isso permitiria aos consumidores otimizar todos os seus relacionamentos bancários – reduzindo custos e aumentando os retornos.
Além dos serviços tradicionais, o novo ecossistema permitiria que os bancos se tornassem o ‘centro’ de outros serviços auxiliares não financeiros fornecidos por empresas ou organizações de outros setores.
Nesse cenário, as APIs dos bancos centralizariam uma variedade de serviços, reduzindo o atrito e melhorando a experiência do cliente.
E por mais que o Open Banking possa não ser a “bala de prata” para reinventar o setor bancário, ele representa um catalisador para a mudança.
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