Essa atualização do mercado bancário visa trazer maior praticidade para os consumidores, ao mesmo tempo em que otimiza os serviços das instituições. Assim, a criação de um novo sistema surgiu a partir da necessidade de os bancos se integrarem melhor com a tecnologia.
Neste artigo, você entenderá o que é open banking e como ele funciona. Ademais, conhecerá os motivos para sua empresa acompanhar essas mudanças.
Boa leitura!
O open banking é um recurso de integração de serviços bancários no Brasil. Por meio dele, as instituições financeiras terão maior facilidade para compartilhar dados entre si. O intuito desse projeto foi aumentar a competitividade no mercado financeiro e melhorar os serviços para o consumidor — pessoa física ou jurídica.
Quer entender melhor? Imagine que sua empresa vem de uma relação de longo prazo com seu banco atual. Ou seja, essa instituição tem informações sobre seu histórico de correntista e pode oferecer serviços com base nele.
No entanto, caso você precise buscar crédito em uma nova instituição, por exemplo, ela não teria acesso às mesmas informações. Por isso, o processo pode ser burocrático — visto que será preciso apresentar diversos documentos e ficará mais difícil conseguir soluções personalizadas no curto prazo.
O open banking visa mudar essa realidade e oferecer mais liberdade para os consumidores. Isso acontecerá por meio da integração do sistema. Desse modo, basta autorizar que a nova instituição financeira acesse seus dados do banco anterior.
A prática pode ser interessante para abertura de conta corrente, contratação de linhas de crédito e outros serviços. Vale destacar que o compartilhamento só acontece a partir do seu consentimento. Além disso, sua empresa também tem a autonomia para decidir quais informações podem ser compartilhadas.
A maior integração entre os bancos no open banking é possível por meio de application programming interfaces (APIs). Elas permitem que dois softwares distintos possam se comunicar e compartilhar informações entre si.
Entretanto, a adesão ao open banking não é obrigatória para todas as instituições financeiras. Assim, os usuários só poderão compartilhar seus dados entre dois bancos que optarem por fazer parte do sistema.
Como você viu, o open banking tem o objetivo de gerar maior praticidade e eficiência na relação entre instituições financeiras e clientes. No entanto, sua implementação não se deu de forma rápida.
O sistema foi apresentado em etapas. Conheça cada uma delas a seguir!
A implementação do open banking no Brasil começou em fevereiro de 2021. O foco da primeira fase estava no compartilhamento de dados entre as instituições financeiras.
A fase 2 do sistema teve início em agosto de 2021. Nesse momento, as instituições que aderiram ao open banking puderam compartilhar informações básicas de clientes — como histórico e dados de cadastro.
Em outubro de 2021 se deu a implementação da fase 3 do open banking. O objetivo era dar início à integração de serviços. Assim, os clientes passaram a poder solicitar e comparar serviços mais facilmente entre duas instituições.
Além disso, essa fase também trouxe mais praticidade para transações financeiras. Por meio do Pix, tornou-se possível realizar pagamentos sem a necessidade de acessar o internet banking.
A fase 4 começou a ser implementada em dezembro de 2021. Com ela, iniciou-se a integração total do sistema. Dessa maneira, o objetivo é trazer menos burocracias para investimentos, operações de câmbio, Previdência Privada, entre outros serviços, tanto para pessoa física quanto para jurídica.
Embora a implementação do open banking aconteça em 4 fases, elas representam apenas o pontapé inicial do sistema. Ou seja, a integração completa entre instituições financeiras não acontecerá de forma instantânea.
O Banco Central (BC) — que coordena a implementação — também continua os estudos sobre a adesão de novos serviços. Por exemplo, há o interesse em ir além do Pix e integrar TEDs, DOCs e pagamentos por boleto.
Ademais, a fase 4 do open banking foi dividida em duas etapas. Em seu segundo momento de implementação, as instituições financeiras poderão compartilhar dados transacionais. Mas, para garantir a segurança de informações, deve haver o consentimento total dos clientes.
Agora que você entendeu como o open banking funcionará, é importante saber como se preparar para ele. Afinal, o sistema traz oportunidades e desafios para as empresas.
Confira!
Como você viu, o open banking pode deixar mais prático o cotidiano dos clientes. Desse modo, eles poderão comparar mais facilmente os serviços de duas instituições e optar por aquele que julgar mais vantajoso.
O cenário de competitividade é uma oportunidade para instituições apresentarem novos serviços. Com isso, será possível ampliar o portfólio de produtos da instituição e oferecer melhores soluções para o público — inclusive para empresas.
Para os negócios, portanto, o novo sistema poderá viabilizar uma série de soluções para uma melhor gestão financeira. A partir da implementação do open banking, negócios de todos os tamanhos podem identificar os produtos e serviços mais adequados para suas necessidades, melhorar a análise de crédito de clientes e reduzir custos bancários.
Afinal, como as instituições terão acesso aos dados mais relevantes sobre o histórico e dados transacionais da companhia, haverá a possibilidade de apresentar condições personalizadas para sua empresa.
Porém, a implementação do open banking também traz desafios para empresas e instituições. Um dos principais é a padronização dos processos para viabilizar a integração. Além disso, questões sobre segurança e proteção de dados também ganham uma importância cada vez maior.
Já os negócios precisarão se adaptar a esse sistema, a fim de usufruir das vantagens que eles podem oferecer às empresas. É preciso, por exemplo, avaliar quando permitir o compartilhamento das informações bancárias do seu negócio.
Além disso, será necessário identificar com mais cautela as melhores oportunidades de crédito e serviço para a empresa diante de um volume maior de possibilidades disponíveis no mercado.
Entender o que é open banking é fundamental para saber como esse sistema pode impactar o cotidiano da sua empresa. Por isso, é importante conhecer as fases de implementação e as oportunidades e desafios que essa inovação traz.
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