Uma boa gestão financeira no varejo é fundamental para o sucesso do negócio. Pelo fato de trabalharem com margens muito reduzidas, os varejistas precisam ser capazes de auditar cada transação de venda, garantir que a taxa cobrada pelos meios de pagamento está correta, além de apurar aluguéis de máquinas de cartão e demais tecnologias.
Para reduzir perdas e garantir receitas, o varejista precisa de eficiência e produtividade. Eficiência, para evitar gastos desnecessários que podem ser acarretados por falhas e erros, na maioria das vezes, cometidos em tarefas manuais e repetitivas. Produtividade, para extrair o máximo, com o mínimo de operação.
Em 2008, o varejo correspondia a 39,6% do comércio brasileiro, e o atacado chegava a 44,4%. Porém, em 2017, a participação do varejo no Brasil subiu para 45,5%, e o atacado quase não cresceu, registrando 44,6%. O crescimento do setor varejista é notório, porém, o dado a seguir é alarmante.
O registro mostrou uma queda de 3,9% no período. A pesquisa foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em junho deste ano. A crise foi um dos motivos destes números negativos, mas sem dúvidas, a gestão financeira ineficiente também contribuiu para este resultado.
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Podemos definir como o conjunto de medidas administrativas que visa fazer o planejamento, análise e controle das atividades financeiras de uma empresa, no que se refere a investimentos, despesas, lucros, empréstimos, financiamentos etc.
Uma gestão financeira bem feita permite que a empresa estipule metas, estabeleça prazos e estude se os resultados estão de acordo com o que foi planejado, com o objetivo final de obter bons resultados para o negócio.
Desde pequenas e médias até grandes empresas, acertos na gestão financeira são indispensáveis para a sobrevivência e crescimento dos negócios. Contudo, os erros também podem ser determinantes para o futuro das corporações.
O controle financeiro é o ponto de partida para qualquer empresa. Com as finanças em dia, o empreendedor consegue ter tranquilidade para vender mais e melhor, além de poder cumprir seus compromissos com funcionários, fornecedores e parceiros. Confira, portanto, os erros que você não deve cometer em seu negócio e como evitá-los para alcançar uma gestão financeira eficiente:
Não separar as despesas pessoais das empresariais é um dos principais motivos de fracasso dos negócios no Brasil, segundo estudo realizado pelo SEBRAE. A maiorias das empresas que não separam as contas são de pequeno e médio porte, familiares, com pouco conhecimento sobre gestão financeira.
Um dos reflexos de misturar as contas é que 24,4% desses empreendimentos fecham as portas com menos de dois anos de existência. E esse percentual pode chegar a 50% nos estabelecimentos com menos de quatro anos.
Separar as contas é importante para a empresa e também para a organização pessoal do empresário e seus dependentes. Os lucros da empresa devem ser usados exclusivamente para assuntos relacionados, como pagamento de funcionários, fornecedores, compra de produtos, aluguel etc.
O ideal, portanto, é criar contas separadas, contratar um contador para gerir o planejamento financeiro e também as obrigatoriedades fiscais, além de determinar um pró-labore – definir um salário fixo para os sócios.
Tudo que entra e sai da empresa deve ser registrado, principalmente no varejo, onde as margens são menores e cada real pode fazer a diferença. Se você faz pequenas compras todos os dias para a sua loja, por exemplo, de guardanapos, copos plásticos, papel higiênico, produtos de limpeza etc, mas não registra esses gastos, isso pode causar divergências no fechamento do mês.
Parece pouco, mas a longo prazo, pode fazer toda a diferença na sua gestão financeira, impactando inclusive no capital de giro, essencial para todas as empresas.
Se você tem o registro de todas as suas contas e operações, você evita ter de pedir empréstimos e financiamentos desnecessários para cobrir custos de operações que deveriam ter sido registradas, mas foram negligenciadas.
O primeiro produto a entrar no estoque deve ser o primeiro a sair. Disso você já deve saber, mas o controle de estoque não se resume à isso. Varejistas que não fazem uma boa gestão de seus estoques ficam sujeitos à quebras e perdas de produtos, principalmente no setor alimentício, em relação à validade dos alimentos.
Além disso, sem controle de estoque, prateleiras e gôndolas podem ficar desabastecidas, o que não causa boa impressão perante os consumidores. O controle de estoque serve para medir o tempo que cada produto leva para ser vendido e possibilita que seja analisado o retorno sobre o investimento.
Quando falamos em fluxo de caixa, pode ser que você materialize na sua cabeça a máquina registradora de uma loja do varejo. Não está errado, mas o caixa de uma empresa não se limita à esta ferramenta, corresponde também à conta bancária do negócio e todo e qualquer lugar de onde convergem os recursos.
O controle do fluxo de caixa é importante para qualquer empresa, mas principalmente para as varejistas, devido à rapidez na entrada e saída de dinheiro. Alguns empreendedores, em dias de muita movimentação, se iludem com o montante de capital e acabam fazendo mal uso dos recursos, o que pode comprometer as finanças do negócio.
Então vamos lá. Os erros que você não pode cometer são: misturar conta pessoal e empresarial; deixar de registrar contas e operações; não fazer o controle de estoque; ignorar o fluxo de caixa. Você deve estar pensando:
A resposta é simples: não tem como! Você precisa fazer uso da tecnologia para dar conta da gestão financeira do seu negócio. No mercado, existem diversas opções de programas, plataformas e softwares que podem lhe ajudar a planejar, controlar e acompanhar as atividades financeiras da sua empresa. E isso pode ser determinante para o seu sucesso.
Se você quiser uma solução completa para a gestão financeira da sua empresa, entre em contato com a gente.
Até a próxima!